Entrevista: governador Carlos Moisés contesta investigação
Moisés afirma que vai representar junto ao MP-SC um pedido para que sejam apuradas as informações do relatório do Gaeco
• Atualizado
Em entrevista exclusiva para o SCC SBT, o governador Carlos Moisés contestou as informações que constam no relatório de investigação, alegou ter falado a verdade na CPI dos Respiradores e, ainda, afirmou que vai representar junto ao MP-SC um pedido para que sejam apuradas as informações do relatório do Gaeco.
“Nos assusta o fato de uma informação inverídica constar nesse relatório. O relatório diz que há uma conversa entre um dos investigados e o governador Moisés. Transcreve essa conversa que teria sido deletada. Porém, o telefone não é do governador, não checaram essa condição”.
Confira o que disse Moisés:
CPI dos respiradores
Ainda na conversa, Carlos Moisés reforça que partiu dele as investigações da compra dos respiradores, que custaram para os cofres públicos R$ 33 milhões.
“No dia 22 (de abril) nós solicitamos ao meu chefe de gabinete que começassem as investigações (…) Alegaram que o governador não estariam falando a verdade na CPI dos respiradores (…) Mas foi constatado que eu estava falando a verdade.”
Confira o trecho da conversa com o governador:
Investigação do Gaeco
Devido aos detalhes que constam e relatório, Carlos Moisés afirma que vai representar junto ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) para que as incoerências sejam apuradas.
Vamos representar junto ao MP-SC para que seja apurado e responsabilizado disciplinarmente, inclusive, quem cometeu essa irregularidade dentro do Gaeco. Se esses fatos tivessem tido luz, saberíamos que essa conta era comercial do governo.
A assessoria de comunicação do MP-SC informou que a Procuradoria Geral de Justiça aguarda o pedido do advogado do governador para analisar o material e verificar a necessidade de uma complementação do relatório. Ainda, de acordo com a assessoria, se tal circunstância for confirmada, ela será esclarecida.
Abaixo momento que o governador falar sobre a fragilidade da investigação:
O Dia D para Moisés já tem data marcada
Conforme informações do colunista Prisco Paraíso, o Tribunal Especial do Impeachment terá sessão deliberativa no dia 23 de outubro, quando deputados e desembargadores votarão o relatório do deputado Kennedy Nunes (PSD), que pede o afastamento prévio por até 180 dias do governador e da vice.
A sequência de votação para o dia 23 será a seguinte: o primeiro voto é o do relator. Depois, vem o desembargador mais antigo da corte do impeachment; sem seguida, o deputado com mais mandatos e assim sucessivamente.
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