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Tragédia no Monte Cristo

“A construtora não se absteve de prestar assistência”, diz empresa responsável pela obra de reservatório na Capital

A Justiça bloqueou R$ 16,6 milhões da empresa, em virtude do rompimento do reservatório da Casan no bairro Monte Cristo, em Florianópolis

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Angélica Varaschini/SCC SBT
Foto: Angélica Varaschini/SCC SBT

A Construtora Gomes & Gomes LTDA, se pronunciou a respeito da determinação da Justiça de bloquear R$ 16,6 milhões da empresa, em virtude do rompimento do reservatório da Casan no bairro Monte Cristo, em Florianópolis, no início de setembro.

O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em uma ação de tutela cautelar antecedente e tem o objetivo de garantir o ressarcimento da Casan e da comunidade atingida. Isso, caso a ação civil pública seja ajuizada pelo Ministério Público.

Na ação, foi apontado que a construtora utilizou ferros das armaduras dos pilares de apoio em desacordo com a indicação do projeto original (eles tinham 5 milímetros de diâmetro, enquanto o projeto previa o dobro do tamanho, isto é, 10 milímetros de diâmetro). Saiba mais.

Os advogados da empresa, por meio de uma nota divulgada à imprensa, ressaltaram que um dos sócios esteve, sim, no local da tragédia no dia do acontecimento e se disponibilizou a ajudar as famílias afetadas. Ele teria ainda se identificado para os policiais, mas foi aconselhado a deixar o local pelos mesmos.

A nota também esclarece que foram disponibilizados equipamentos como retroescavadeira e caçamba para a remoção dos materiais e limpeza do local. Ainda cita que a construtora não se absteve de prestar toda a assistência necessária e desde a data dos fatos.

Sobre os R$ 16,6 milhões bloqueados, os advogados relatam que só tiveram conhecimento da ação proposta pelo MPSC nesta quinta-feira (05) e que vão analisar as medidas a serem adotadas.

Nota divulgada pela construtora

Em relação à notícia divulgada pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina em seu site institucional, a CONSTRUTORA GOMES & GOMES LTDA., por meio de seus advogados, neste momento, expressa novamente todo o pesar pelo incidente ocorrido em 06/09/2023 no Reservatório de Monte Cristo e esclarece os fatos a seguir.

Diferentemente do que foi descrito na notícia acima referida, cabe esclarecer que um dos sócios da construtora esteve no local no mesmo dia dos fatos, 06/09/2023, ocasião em que se identificou a um dos Policiais Civis (ou Perito da Criminalística) presentes, entregou-lhe um cartão de visitas e seu documento de identidade. Seu nome e documento foram devidamente registrados pelo agente público. Fora também questionado se deveria dirigir-se a uma delegacia da Polícia Civil para prestar depoimento, ocasião em que o agente informou que não era necessário e que, dadas as circunstâncias, não deveria permanecer no local.

Em seguida, foi contactado via telefone o Sr. MAURÍCIO SILVA ANDRADE, Engenheiro da CASAN, comunicando-lhe a situação em relação à CONSTRUTORA GOMES & GOMES LTDA.. Ambos trocaram mensagens de áudio via aplicativo de mensagens, ocasião em que o preposto da CASAN solicitou assistência com uma retroescavadeira e uma caçamba para a remoção dos materiais

A solicitação foi prontamente atendida pela Construtora, ainda na tarde de 06/09/2023, e os equipamentos permaneceram à disposição até 09/09/2023, inteiramente custeados pela CONSTRUTORA GOMES & GOMES LTDA., sendo utilizados para a limpeza dos materiais próximos às residências afetadas.

A CONSTRUTORA GOMES & GOMES LTDA. não se absteve de prestar toda a assistência necessária e desde a data dos fatos busca contribuir para a compreensão dos aspectos técnicos que levaram ao incidente. Além disso, solicitou formalmente autorização à CASAN para realizar uma visita técnica em conjunto com a equipe de engenheiros desta, com o intuito de esclarecer as possíveis causas do colapso na estrutura do reservatório, todavia, até a presente data não obteve resposta.

Por fim, em relação à ação proposta, noticiada pelo Ministério Público, cabe informar que esta tramita sob sigilo, de modo que a defesa somente teve acesso ao seu conteúdo na tarde desta quinta-feira, 05/10/2023, e analisa as medidas a serem adotadas visando reestabelecer a verdade.

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