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Entrevista exclusiva

“Eu era uma consultora eventual de vários órgãos”, explica Nise Yamaguchi sobre gabinete paralelo

Médica explicou para a Rádio Gralha FM de Urubici como funciona o tratamento precoce, que chamou de "tratamento imediato" e como foi sua participação na CPI da Covid-19

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Rádio Gralha | SCC SBT
Foto: Rádio Gralha | SCC SBT

Nessa segunda-feira (26), a Rádio Gralha FM de Urubici entrevistou Nise Hitomi Yamaguchi, médica com doutorado em oncologia, e conhecida por defender a cloroquina e o tratamento precoce e por depor na CPI da Covid.

“Eu era uma consultora eventual de vários órgãos”, disse Nise sobre sua participação no chamado “gabinete paralelo”. A médica relembrou seu depoimento na CPI e as recorrentes interrupções que senadores fizeram durante sua fala. “Eu estou muito tranquila pois fui extremamente polida e educada durante as quase oito horas de interrogatório intenso, onde eu praticamente não tive a oportunidade de me expressar sem ser interrompida”, disse Nise.

Confira trechos da entrevista:

A senhora é uma defensora do tratamento precoce. Há realmente estudos que comprovam isso?

Nós temos hoje em dia, depois de um ano e meio de pandemia, nós já sabemos as etapas onde o vírus interfere na saúde das pessoas, então na fase inicial nós chamamos de tratamento imediato, já que esse nome traz mais informações. O tratamento imediato são os primeiros sintomas. é muito importante iniciar o tratamento nos primeiros sintomas. É nessa fase que você consegue reduzir a carga viral e ajudar o corpo a se defender. O que você faz é melhorar as condições pra que o organismo se defenda mais. Então através de vitamina D, zinco, cloroquina, azitromicina, também bromexina, algumas plantas como a equinácias também são bastante úteis, todas essas situações fazem com que o indivíduo fique mais forte. Existem alguns estudos sendo feitos também com prótese alutamida e diminuição de receptores hormonais, principalmente por causa dos segundo receptor que o vírus tem, e nós sabemos que mais conhecimentos está sendo agregado. O uso de corticoide não deve ser dado no início dos sintomas mas na segunda fase quando começa a fase inflamatórias, que é quando os pulmões podem ser inflamados as pessoas podem ter mais diarreia e nessa etapa é muito importante o uso do corticoide e também os anticoagulantes eles devem ser iniciados imediatamente porque os anticoagulantes eles diminuem aquela coagulação dos vasos e que são tão deletérios para o pulmão e para diversos órgãos do corpo. Hoje em dia nós sabemos que as vasculites, as inflamações de vasos, são os determinantes de muitos dos efeitos colaterais da Covid, inclusive de múltiplos efeitos tardios pós-covid – pacientes que ficam com tromboses, pacientes que tem engolias de pulmão, que tem miocardites, que tem inflamações de músculos, de vários problemas que ocorrem exatamente pelo excesso de coagulação que ocorre quando a spike proteína, que é a proteína inflamatória, entre em contato com o organismo.

Porquê não está tendo esse reconhecimento desse tratamento precoce ainda?

O que acontece é que os estudos estão se acumulando de uma forma benéfica. Existe uma corrente contrária que tem muito poder de persuasão também. Eu acho que em medicina sempre o debate é necessário, o que não pode ocorrer é perseguição de quem faz o bem ou de quem quer fazer o tratamento. Então o Conselho Federal de Medicina autorizou que desde que haja um acordo entre o paciente e o médico seja estabelecido o tratamento. Acho que esse é um ponto de bom senso, em que a gente tenha uma cooperação entre os médicos, os pacientes e as famílias e que gradualmente isso venha permear as diversas instâncias. Nós temos infelizmente uma confusão, são feitos relatórios temáticos dizendo que o tratamento inicial não é benéfico, mas eles colocam juntos pacientes internados, pacientes em fases inflamatórias, usando mais de quatro litros de oxigênio e nós tivemos dois estudos muito graves, um deles que foi feito no em Manaus, que usava doses tóxicas em pacientes já com cardiopatias pelo próprio COVID e que dizia que o o então era tratado com hidróxido morria mais gente e na realidade o que se viu é que eram pacientes que estavam usando doses exageradas de cloroquina e além disso um estudo que foi retraído, que foi retirado de circulação do Lancet, com noventa e seis mil pacientes falsificados. Esse estudo falsificado do Lancet dizia que era tóxica a medicação, que dava mais problemas.

Confira a entrevista completa:

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