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Relatório final

Senadores ainda tentam mudar relatório na reta final da CPI da Covid

O parecer precisa ser aprovado pela maioria dos membros do colegiado para ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR)

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Agência Senado/ Reprodução
Foto: Agência Senado/ Reprodução

Após seis meses de investigação, senadores votarão, na próxima terça-feira (26), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Com quase 70 pedidos de indiciamento – entre os alvos o presidente Jair Bolsonaro (sem partido); seus três filhos; ministros, ex-ministros e empresários bolsonaristas -, o parecer tem de ser aprovado pela maioria dos membros do colegiado para ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na última semana, o G7, grupo de senadores de oposição e independentes ao Palácio do Planalto, enfrentou divergências e quase chegou à sessão de leitura do documento rachado. Para manter a unidade em torno do parecer, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), fez alterações no documento e ainda conversa com outros senadores que pedem novas mudanças no texto.

Contudo, há, ainda, por parte de alguns parlamentares, queixas referentes à falta de diálogo com o senador alagoano. Por se tratar de uma CPI, não há a possibilidade de apresentação de emendas para mudar trechos do relatório. Os adendos, como foram chamados pela cúpula do colegiado, são incluídos apenas se o relator concordar, após conversas informais com congressistas.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por exemplo, quer incluir nove novos nomes no rol de indiciados. O documento, que já reúne 68 nomes, chegaria a 77 pedidos de indiciamento. Entre eles, estão: Amilton Gomes de Paula, reverendo que negociou vacinas em nome do governo; Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e Marcelo Bento Pires, ex-assessor do Ministério da Saúde.

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Há, ainda, Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística do Ministério da Saúde; Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde; Regina Célia Oliveira, fiscal de contrato do Ministério da Saúde; Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações; Helcio Bruno, presidente do Instituto Força Brasil e José Alves, presidente da Vitamedic (fabricante de ivermectina).

Outro ponto negociado é a inclusão de um pedido de indiciamento parao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). O senador Eduardo Braga (MDB-AM) disse, na última reunião da comissão, que procuraria Calheiros para que fosse incorporado ao parecer final. A CPI tem autonomia para pedir indiciamentos, mas quem analisa esses pedidos é a PGR.


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