MPSC investiga caso de pessoas em situação de rua deixadas na Capital 

O Ministério Público de Santa Catarina está investigando o caso de pessoas em situação de rua que foram deixadas na Capital. De acordo com o relato, a situação teria começado quando um casal veio do Rio Grande do Sul já em situação de rua, buscou ajuda na cidade de São José junto à prefeitura e teria sido informado de que o município não estava com vagas para auxiliar pessoas em situação de rua. Foi quando conforme relatado, o casal teria recebido uma carona até o Terminal Rodoviário Rita Maria e após foi indicado que fossem até a passarela da Cidadania, em Florianópolis. É importante ressaltar que, foi lavrado um boletim de ocorrência.

“Nós recebemos no final de semana essa informação, inclusive o boletim de ocorrência que foi lavrado em função do depoimento desse casal. Nós reputamos a situação bastante grave. Não é a primeira vez que isso ocorre. Obviamente que isso vai ser investigado. A investigação já começa a partir de hoje (segunda – 04), mas semana passada já tivemos uma denúncia também, que tá sendo investigada, de pessoas em situação de rua encaminhada daquele município para cá, de forma compulsória, sem consentimento da pessoa. É um fato que nos preocupa muito, porque Florianópolis hoje oferece um serviço de qualidade”, disse Daniel Paladino, Promotor de Justiça do MPSC.

Confira o pronunciamento completo:

Em nota, a Prefeitura de São José se posicionou:

“A Secretaria de Assistência Social de São José não oferece carona e tampouco encaminha pessoas em situação de rua para os outros municípios sem a existência de familiares que possam recebê-los. O Município está à disposição dos órgãos competentes para fornecer todas as informações necessárias. São José conta com uma consolidada política de atendimento à população em situação de rua. No Centro POP, 150 pessoas recebem diariamente alimentação, higiene pessoal, atendimento médico e psicossocial, entre outros serviços”.

A Prefeitura de Florianópolis também se pronunciou em nota, informando que “a Secretaria de Assistência Social não compactua e rejeita que outras prefeituras enviem pessoas em situação de rua para a Capital”. Também afirma que, “tomará providências para que pessoas em situação de vulnerabilidade retornem para as suas cidades de origem”. A prefeitura ainda comunica que, “estará à disposição para esclarecimentos perante o Ministério Público e que abrirá uma investigação após o fato deste casal ter vindo à tona”.

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