Enfermeiros fazem paralisação nacional nesta quarta-feira
Na Grande Florianópolis, está marcada uma Assembleia Geral Unificada, com primeira chamada às 13h30 e segunda chamada às 14h
• Atualizado
O Fórum Nacional de Enfermagem convocou os profissionais para fazer uma paralisação nacional de 24 horas nesta quarta-feira (21). Os enfermeiros defendem o piso nacional da categoria, fixado em R$ 4.750 e suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A lei que instituiu o piso nacional para o setor foi sancionada em agosto deste ano. O STF, no entanto, suspendeu a norma após uma contestação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que defende que o piso é insustentável e indica a possibilidade de demissão em massa e redução da oferta de leitos.
Foi dado um prazo de 60 dias para que estados, municípios, órgãos do Governo Federal, conselhos e entidades da área da saúde informem o impacto financeiro do piso, os riscos de demissões no setor e redução na qualidade dos serviços.
“O objetivo da Paralisação de Advertência é defender a implementação da Lei 14.434/22 e pressionar o Congresso Nacional e o governo federal para que garantam as fontes de custeio do piso salarial da Enfermagem. Os profissionais da categoria exigem respeito e a imediata solução para o pagamento do piso. É importante ressaltar que os atendimentos de urgência/emergência serão mantidos, de modo a não causar qualquer tipo de falta de assistência aos pacientes”, disse o Fórum, em nota.
Segundo o Fórum, a orientação é de que os profissionais que não conseguirem fazer a paralisação durante todo o dia, que realizem, ao menos, em períodos do dia. Além disso, a entidade propõe que, a partir desta quarta-feira, os profissionais façam vigílias montem acampamentos permanentes em local a ser definido pelas sindicais regionais. Em Brasília, o ato está programado para esta manhã, em frente ao Congresso Nacional. *Com informações do SBT News.
Mobilização em Santa Catarina
Na Grande Florianópolis, está marcada uma Assembleia Geral Unificada, com primeira chamada às 13h30 e segunda chamada às 14h. O evento ocorre na Praça Tancredo Neves, no centro da Capital.
Após a Assembleia, os profissionais de enfermagem seguem em ato pelo Centro.
Segundo a presidente interina do Coren-SC, Maristela Azevedo, “agora é hora de manter a categoria unida e buscar estratégias de movimentação e mobilização, como nesta paralisação de um dia. Estamos nessa luta em muitas frentes. Esperamos que em breve o nosso direito conquistado volte a valer e possamos dar finalmente dignidade para os profissionais da Enfermagem que trabalharam incansavelmente durante a pandemia”.
Em Chapecó, profissionais da enfermagem também se manifestam na tarde desta quarta-feira (21) pelo piso salarial:
Na última sexta-feira (9), profissionais de enfermagem em Santa Catarina já haviam saído às ruas reivindicando a revogação da suspensão do piso. A mobilização ocorreu também em outras cidades como Chapecó, Criciúma, Florianópolis e Jaraguá do Sul. Na Capital, os profissionais se reuniram no trapiche da Beira-Mar Norte
Soluções
Na terça-feira (20), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou ter entregado o plano de custeio do piso de enfermagem ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A iniciativa, que aborda quatro projetos, foi debatida durante reunião de líderes virtual. As propostas buscam resolver o impacto sobre estados e municípios, que precisam de recursos para custear o pagamento do piso, e também sobre hospitais filantrópicos sem fins lucrativos. Segundo Pacheco, o Congresso pode contribuir por meio de emendas parlamentares.
“Nós temos a contribuição do Executivo e também do Legislativo por meio do orçamento, considerando que é um problema nacional, é um problema de uma categoria inteira e naturalmente isso gera reflexos para municípios, para estados e para hospitais filantrópicos que tem papel fundamental para a saúde do Brasil”, disse Pacheco.
O presidente do Senado informou ainda que não há data para uma reunião com o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, relator da ação que suspendeu o piso. O plano é esperar que os projetos sejam suficientes para resolver a questão do custeio para, então, marcar a votação.
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