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Ressocialização

Jovens privados de liberdade conhecem programa Justiça Restaurativa

Para ajudar no diálogo, o programa de Justiça Restaurativa usa dinâmicas, inclusive com o uso de música e violão

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Caser/Divulgação
Foto: Caser/Divulgação

Pela primeira vez, os círculos da Justiça Restaurativa chegam ao Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Lages (Caser). Ao todo, foram três encontros neste início do ano com 34 adolescentes privados de liberdade, com idades entre 16 e 18 anos. As manhãs de diálogo, tiveram música, histórias emocionantes e aprendizado sobre questões relacionadas à família, às violências, ao autocuidado, entre outros valores e temas.

O juiz Alexandre Takaschima e o servidor Ildemar José da Costa, da comarca de Lages, foram responsáveis por traçar os roteiros, adaptados para atender as especificidades que cada grupo trazia na partilha das suas histórias. Eles contaram com o apoio de três facilitadoras da justiça restaurativa que trabalham no Caser.

Para ajudar no diálogo, algumas dinâmicas foram utilizadas, inclusive com o uso de música e violão. “Para mim foi uma dupla emoção: felicidade pela instituição abrir as portas para realização desse espaço seguro de diálogo para construção de valores e relações mais respeitosas, e emocionado pelas histórias de dor e esperança que cada participante compartilhou. Aprendi muito mais e espero que possamos continuar com esses encontros lá”, conta o magistrado.

Para Ildemar, servidor que atua no Núcleo de Justiça Restaurativa, instalado em setembro no Fórum, os encontros foram enriquecedores. “Tivemos um momento muito diferente e gratificante. Todos, inclusive os agentes e equipe técnica, participaram dos círculos. Tiveram seu momento de fala e escuta sobre histórias, as dores, experiências e como podem transformar o próprio futuro.”

  • Jovens privados de liberdade conhecem programa Justiça Restaurativa

O diretor do Caser Lages, Jefferson Garcia Aromi, reflete sobre a importância em tentar alternativas para a ressocialização dos socioeducandos. “Sabemos dos desafios e dificuldades em ressocializar, principalmente numa unidade com a estrutura antiga como esta, porém, a intenção é seguir buscando recursos e estrutura para que consigamos ter segurança e possamos ter continuidade e evolução no desenvolvimento deste tipo de trabalho. O Caser de Lages seguirá em busca de parceiros que realizem palestras e atividades como esta”, garante o diretor.

Jefferson agradeceu ao magistrado e ao servidor pela disponibilidade em realizar os círculos. Da mesma forma à equipe técnica, coordenadores e direção do Caser de Lages que organizaram para que todos os internos da unidade pudessem participar da atividade ofertada; e à defensoria pública de Lages e superintendência regional serrana do Dease, que também foram parceiras na ação.

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