Hereditariedade é um dos principais fatores de risco de glaucoma, alerta médico
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afetará cerca de 111,5 milhões de pessoas ao redor do mundo
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A principal causa de cegueira irreversível é o glaucoma. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afetará até 2040 cerca de 111,5 milhões de pessoas ao redor do mundo. A hereditariedade é um dos fatores de risco mais relevantes em casos de glaucoma, alerta o oftalmologista do Hospital Baía Sul, Ernani Serpa Junior.
De acordo com o médico, o glaucoma é uma doença que atinge o nervo óptico, na qual ocorre perda gradual das fibras do nervo óptico, e, consequentemente, a diminuição do campo visual da periferia para o centro, podendo chegar à cegueira total.
Os glaucomas podem ser de ângulo aberto ou fechado. “Nos glaucomas em que a pressão ocular é alta, o que é mais comum, há uma lesão irreversível do nervo óptico. Em alguns casos, ocorre a lesão mesmo com a pressão ocular normal. Além disso, temos os glaucomas congênitos, os secundários a trauma, secundários a medicações e outros”, afirma.
Quais são os fatores de risco para o glaucoma?
Embora a maioria das pessoas não percebam sintomas do glaucoma, há fatores de risco que podem ser observados, a genética é uma das mais relevantes. Estima-se que filhos de pessoas com glaucoma têm de 6 a 10 vezes mais chance de desenvolver a doença.
Outros fatores são o avanço da idade, por exemplo, pessoas com mais de 40 anos; origem africana ou asiática; pessoas que sofreram lesões no olho; uso de alguns medicamentos; pessoas com miopia.
O glaucoma apresenta sintomas?
De acordo com o Dr. Ernani, o glaucoma é silencioso e progressivo. “Na maioria dos casos, a doença costuma ser assintomática. Apresentam sintomas apenas os glaucomas em que a pressão ocular é muito alta, que se manifestam em dor ocular e diminuição da visão”, alerta.
Existe algum mito em relação à doença?
O médico oftalmologista explica que um dos maiores mitos em relação ao glaucoma é o de que não apresenta tratamento cirúrgico. “Há tratamentos que variam desde o uso de medicações, para reduzir a pressão ocular, até o uso de laser ou tratamentos cirúrgicos um pouco mais invasivos”, afirma.
Existe cura para a doença?
O oftalmologista reforça que não há cura para a doença, mas os tratamentos buscam controlar o glaucoma. “A melhor forma de prevenir o glaucoma é manter consultas regulares ao oftalmologista, ao menos uma vez por ano. Quando falamos de hereditariedade e avanço da idade, vale redobrar os cuidados”, conclui o médico.
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