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Diagnóstico

Câncer de Roberto Justus não está relacionado a leucemia de filha, explica médico

Dados do INCA estimam cerca de 11.540 novos casos de leucemia no país entre 2023 a 2025

• Atualizado

Redação

Por Redação

Recentemente, Fabiana Justus, filha de Roberto Justus, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda. Segundo o médico especialista em hematologia do Grupo Baía Sul, Jaisson Bortolini, o câncer de bexiga de Roberto Justus – que encerrou o tratamento no ano passado – não está relacionado ao diagnóstico recente da filha.

“Não falamos em hereditariedade quando se trata dessa doença. Pouco se sabe sobre o que pode causar de fato a leucemia aguda, que é o caso de Fabiana Justus, mas a exposição a radiação ionizante aumenta o seu risco, como por exemplo, em casos como o acidente nuclear em Chernobyl e o acidente com o césio-137 em Goiânia, no Brasil”, explica o hematologista.

Existem dois tipos básicos de leucemia, a crônica e a aguda. Segundo o médico, entre os tipos também existem divisões. “A leucemia crônica possui um tratamento crônico, e que normalmente o paciente não precisa ser hospitalizado, tratando-se em casa, e sendo possível viver bem com a doença de uma forma geral. Já em relação a leucemia aguda, como é o caso de Fabiana Justus, se trata de uma doença grave do sistema sanguíneo, e o paciente fica hospitalizado assim que é feito o diagnóstico. Além disso, é necessário iniciar a quimioterapia intensiva e, às vezes, o transplante de medula óssea”, alerta Jaisson.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), demonstram que de 2023 a 2025, são estimados cerca de 11.540 novos casos de leucemia no país. Em suas redes sociais, Fabiana Justus, 37 anos, informou aos seus seguidores que está internada para o tratamento.

Quais são os principais sintomas de leucemia?

Na leucemia aguda, há sangramentos e hematomas pelo corpo, perda de apetite, perda de peso, e cansaço excessivo. Na leucemia crônica, podem aparecer linfonodos aumentados, perda de apetite, perda de peso, suores noturnos, falta de ar durante exercícios, e cansaço excessivo.

O diagnóstico da doença, seja aguda ou crônica, é feito através do hemograma e exames de medula óssea.

Podemos falar sobre cura?

Ainda de acordo com Jaisson, é possível falar sobre cura da leucemia aguda, mas na crônica o paciente acaba convivendo com a doença para o resto da vida.

Quais são os tratamentos?

O hematologista explica que em casos de leucemia aguda, como a da filha de Justus, é importante um tratamento intensivo e rápido.

“A leucemia aguda é considerada urgência oncológica, e o seu tratamento demanda bastante tempo no hospital. Inicialmente, o paciente fica de 30 a 40 dias, depois fica um período em casa, e retorna ao hospital para repetir o tratamento, que pode ser repetido de 3 a 4 vezes”, afirma.

Em alguns casos, pacientes de leucemia aguda também precisam de transplante de medula óssea. “Inclusive, agora em Florianópolis temos o primeiro serviço de transplante de medula óssea privado do Estado, o Centro de Transplante de Medula Óssea (TMO), estruturado no Hospital Baía Sul. Hoje existem apenas 11 leitos de transplante disponíveis no Estado, e esse serviço privado evita filas e permite a realização do procedimento em tempo hábil”, completa Jaisson.

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