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Acidente Vascular Cerebral

Consciência e informação são fundamentais para tratamento do AVC

No Brasil, há cerca de 100 mil mortes por ano em decorrência do AVC e uma em cada quatro pessoas pode sofrer um AVC.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de mortalidade do mundo, e a principal causa de incapacidade entre as pessoas. A maioria da população não sabe reconhecer os sintomas, não sabe como agir frente a uma situação de AVC e desconhece o número do telefone de emergência para atendimento aos casos.

De acordo com estatísticas apresentadas pela médica neurologista e cooperada da Unimed Chapecó, Dra. Deborah Dayane Cordeiro Martins, no Brasil, há cerca de 100 mil mortes por ano em decorrência do AVC e uma em cada quatro pessoas pode sofrer um AVC. A médica afirma que para mudar esse cenário são necessárias algumas atitudes por parte da população e dos órgãos de saúde. “Temos que ter consciência da gravidade da situação, informar ao máximo a população sobre os sinais, sintomas e como prevenir. Além disso, é preciso desburocratizar os serviços públicos e privados para implantar um setor minimamente viável para o tratamento”, pondera.

Sintomas AVC

Além disso, a médica explica que o AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo em determinado território cerebral. De modo geral, os principais sinais e sintomas são: fraqueza no braço ou na perna (ou ambos), desvio da boca para um lado, dificuldade na fala. Atualmente, uma campanha de conscientização divulga a sigla ‘SAMU’ para ajudar as pessoas a lembrarem dos principais sintomas. Além de para qual telefone ligar em casos de urgências com situações de AVC. O SOS Unimed também pode ser acionado nesses casos para quem possui o plano de saúde e tem o serviço contratado.

Desde 1995, é consagrado no mundo o tratamento endovenoso para o AVC dentro de até 4,5 horas do início dos sintomas. “Informar a população que tempo é cérebro é fundamental pois muitos AVCs não são tratados, pois os pacientes não chegam a tempo ao hospital, alguns esperam o carro do vizinho, outros acham que devem esperar os sintomas passar, etc”, afirma Débora.

Fatores de risco:

Os principais fatores de risco dessa doença estão intimamente ligados ao estilo de vida: sedentarismo, obesidade, dislipidemia (alteração do colesterol), pressão alta, tabagismo e álcool. Mas, de acordo com a médica, existem fatores de risco não modificáveis como: idade (o risco aumenta com a idade), história familiar ou pessoal de AVC. Ou, inclusive isquemia cardíaca e alterações próprias do coração, como arritmias.

Protocolo Neuroimagem

Implantado em 2012, o Hospital Unimed Chapecó conta com um protocolo específico para tratamento dos casos de AVC. O protocolo tem como objetivo a identificação precoce do paciente com AVC, o tratamento adequado e a reabilitação deste paciente. Conforme o médico radiologista Mateus Broetto, durante o atendimento do paciente com Protocolo de AVC é obrigatória a realização do exame de Neuroimagem. Cujos objetivos são descartar a presença de lesões cerebrais de causa não vascular que se colocam como diagnósticos diferenciais (tumores, abscessos etc.). Na presença de lesões cerebrais de causa vascular, permite a diferenciação entre quadros isquêmicos e hemorrágicos.

De acordo com o médico, o protocolo institucional de Neuroimagem, utilizado no AVC, é a Tomografia de Crânio sem Contraste. Além disso, a Angiotomografia de Crânio com ou sem Perfusão Cerebral e a Angiotomografia Cervical. “No protocolo institucional de Neuroimagem do Protocolo de AVC, o exame de Angiotomografia do Crânio e Cervical tem o objetivo principal de verificar a possível existência de oclusão de uma grande artéria”, salienta.

O resultado do exame protocolar de Neuroimagem deve ser informado pelo radiologista imediatamente após o final do exame. Deve ser de forma verbal através do preenchimento do pré-laudo, conforme afirma o médico. “Em um segundo momento, podemos realizar também a Ressonância Magnética com Estudo de Parede de Vaso, uma técnica sofisticada que só pode ser realizada em aparelhos de altíssimo campo”, explica Mateus.

Identifique o AVC           

A médica neurologista e coordenadora do Protocolo de AVC do Hospital Unimed Chapecó, Cristiane Camargo, ressalta a referência da instituição no tratamento dos casos de AVC. O Hospital é integrante do Programa Angels, uma iniciativa internacional que capacita os hospitais a oferecer o melhor atendimento aos pacientes nesses casos. “No Hospital Unimed Chapecó, se indicado, o paciente já inicia com medicamento alteplase na sala da tomografia, pois o tempo faz toda a diferença na recuperação”. 

S: sorria (para avaliar desvio da boca). 
A: abrace (para avaliar a força do braço). 
M: música (para avaliar a fala e a dificuldade na mesma).
U: urgência (em caso de urgência de AVC ligar para o 192 ou SOS Unimed – para clientes do plano de saúde).

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