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JULGAMENTO

“Se a Hellen não for minha não será de mais ninguém “; Disse testemunha no julgamento do homem que matou a ex na Serra

O crime aconteceu no dia 30 de setembro de 2023

• Atualizado

Rádio Clube

Por Rádio Clube

O primeiro a depor foi o policial civil que atendeu a ocorrência / Foto: Alessandra Simionato
O primeiro a depor foi o policial civil que atendeu a ocorrência / Foto: Alessandra Simionato

O acusado de assassinar Hellen Larissa Lima, de 33 anos, com três tiros, está sendo julgado nesta quinta-feira (6), na Câmara de Vereadores de Campo Belo do Sul. O julgamento iniciou ás 9h da manhã.

O crime aconteceu no dia 30 de setembro de 2023, na cidade de Capão Alto. Hellen foi morta a tiros pelo ex-marido na frente do filho do casal, que na época tinha 11 anos. A criança correu até a polícia para pedir ajuda, e relatou aos policiais que a mãe e o pai haviam brigado e ela estava caída na garagem. Hellen chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.

O acusado, de 43 anos, era ex-companheiro da vítima e teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento.

A primeira testemunha de defesa é o policial civil que atendeu a ocorrência da morte da Hellen e também que trabalhou nas investigações.

De acordo com o seu testemunho, chegando no local a vítima estava no chão com ferimentos provenientes por arma de fogo. Segundo testemunhas o homem havia confessado o crime e o filho da vítima teria ido até a polícia relatar o acontecido. O casal estava em processo de separação, Hellen havia se mudado para Capão Alto há cerca de três meses com a intenção de se separar do marido.

Informações adicionais coletadas no local indicam que o casal havia se desentendido na noite anterior, após retornarem de uma festa em Capão Alto. O homem alegou ter sido ameaçado e agredido por Hellen com uma faca durante a discussão.

Testemunhas informaram que Hellen havia expressado a intenção de se separar e que sofria agressões por parte do marido. Uma tia da vítima relatou ter conversado com ela antes do crime, e que Hellen teria lhe confidenciado sobre as agressões e o desejo de se separar.

O suspeito possuía um revólver guardado em uma caixa de lenha. Após o crime, ele fez uma mala, saiu com o carro e o abandonou em uma valeta, fugindo a pé pela mata. Ele então solicitou um Uber que o buscasse na BR-116, próximo ao posto Ampessam. Durante a corrida, confessou ao motorista ter matado a vítima e que precisava de um advogado.

O suspeito se apresentou à polícia na Central de Polícia de Lages, acompanhado de um advogado, no dia seguinte ao crime. O laudo pericial confirmou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo, sendo um frontal e dois pelas costas.

A segunda testemunha, um dos irmãos da Hellen, relata que eles estavam há 17 anos juntos. A família notava que Hellen aparecia com machucados, e ao ser questionada, ela sempre falava que havia batido em algum lugar.

O irmão relata que ele havia visto a Hellen com olho roxo e a aconselhou procurar a polícia para denunciar ele, mas ela tinha medo. Ele ameaçava dizendo que ia tirar tudo dela. Depois, começou a ameaçar os filhos também.

A Hellen não queria mais ficar casada com ele. Ela falava abertamente sobre isso: “Quero me separar”, “Não quero mais, chega”. Ela tinha alugado a casa onde eles moravam em Capão Alto e já tinha até trocado a fechadura, mas ele pegava a chave com os filhos.

Na frente da família, ele nunca a ameaçava nem nada. Mas familiares sabiam que ele era violento.

Em seu testemunho ele complementa que o réu já tinha tentado matar a ex-mulher com uma pistola. Mas ele não sabia mexer na arma e acabou atirando nos próprios testículos.

A terceira testemunha, tia próxima da Hellen, conta que a vítima estava na casa dela um dia antes do crime, pois elas iam juntas há uma festa. A vítima, de acordo com seu testemunho, estava estranha, mas falava que era apenas cansaço do trabalho.

Após ela contou para a tia que havia recebido uma ameaça no trabalho, onde o réu dizia que se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém.

A tia complementa que Hellen sempre foi alegre, espontânea e divertida, e que espera que a justiça dos homens e a divina seja feita.

Ainda nesta tarde de quinta-feira (06), o réu será ouvido e os debate será iniciado.

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