Operação Limpa Pátio amassa 160 veículos abandonados em Lages
A medida é importante para solucionar um problema de saúde pública
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Uma operação de grande porte do Departamento de Trânsito de Santa Catarina (DETRAN-SC) teve início na manhã desta quinta-feira (08) no pátio de veículos apreendidos localizado no Acesso Norte de Lages. Intitulada “Limpa Pátio – Fase 2”, a ação visa compactar cerca de 160 veículos que se encontram abandonados há anos no local, muitos deles em avançado estado de deterioração.
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O diretor-presidente do DETRAN, general Ricardo Miranda, acompanhou o início dos trabalhos e explicou que a iniciativa atende a uma determinação do governador Jorginho Mello. Segundo ele, a medida é importante para solucionar um problema de saúde pública, uma vez que o acúmulo de água nos veículos abandonados se tornou um criadouro de mosquitos transmissores da dengue.
“Esses veículos ferrosos, como são classificados por estarem muito deteriorados, acabam sendo verdadeiras piscinas para o acúmulo de água e, consequentemente, focos de proliferação do mosquito da dengue”, detalhou o general Ricardo.
A operação desta quinta-feira dá continuidade a um trabalho que já resultou no leilão de aproximadamente 460 veículos somente neste pátio de Lages ao longo deste ano. O objetivo, conforme o diretor-presidente, é implementar um fluxo contínuo para evitar que novos veículos atinjam o mesmo estado de abandono, com registros de automóveis parados no local há 15 e até 20 anos.
Destino dos veículos amassados
O general Ricardo Miranda esclarece o destino desses veículos que, por serem classificados como “ferrosos”, eles não podem ter peças reaproveitadas, dada a sua condição. “Esses veículos serão destinados à reciclagem do metal. São empresas especializadas, credenciadas junto ao DETRAN, que fazem esse recolhimento e destinam o material para derretimento e reaproveitamento da matéria-prima”, explicou.
O diretor-presidente também abordou a questão dos veículos que permanecem por longos períodos nos pátios. Segundo ele, a maioria possui alguma restrição judicial, e a lentidão dos processos contribuía para essa situação.
No entanto, um acordo de cooperação firmado entre o governo estadual e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina prevê que veículos com restrição judicial poderão ir a leilão em até 60 dias caso o juiz não manifeste a necessidade de sua preservação para investigação.
“Com isso, o DETRAN comunica ao juiz a situação do veículo e solicita manifestação sobre a necessidade de preservá-lo ou não. Se não houver manifestação, o veículo pode ir a leilão, sendo vendido ainda em condições de circulação. O valor arrecadado fica vinculado ao processo judicial”, detalhou o general.
O governador Jorginho Mello, que cumpre agenda na Serra Catarinense, deve acompanhar a operação Limpa Pátio ainda na manhã desta quinta-feira (08).
Matéria em colaboração com o repórter Amarildo Volpato
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