Lula anuncia 16 novos ministros do governo; saiba quem são os escolhidos

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (22), o vice-presidente Geraldo Alckmin como ministro da Indústria, Comércio e Serviços. Já a senadora Simone Tebet (MDB-MS), cotada para assumir uma das pastas, ainda está sem cargo no novo governo. 

Alckmin acumulará, então, duas funções no governo que se inicia no próximo dia 1º de janeiro. Tebet deve ganhar um ministério em agradecimento ao apoio que ela concedeu ao petista no segundo turno das eleições, após a emedebista ficar em terceiro lugar na primeira fase do pleito. A senadora cobiçava o ministério do Desenvolvimento Social, que cuida do Bolsa Família, mas o senador Wellington Dias (PT-PI) foi o escolhido para chefiar a pasta. 

Na contagem regressiva para a posse, Lula anunciou nomes de outros 15 ministros, em pronunciamento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Veja a lista completa:

• Ministério do Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT-PI), senador e ex-governador do Piauí

• Secretaria de Governo: Márcio Macêdo (PT-SE), tesoureiro da campanha de Lula e deputado federal
• Ministério da Cultura: Margareth Menezes, cantora 
• Ministério das Relações Institucionais: Alexandre Padilha, ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff
• Ministério da Educação: Camilo Santana, ex-governador do Ceará
• Ministério da Saúde: Nisia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz
• Advogacia Geral da União (AGU): Jorge Messias, procurador da Fazenda Nacional
• Ministério da Gestão: Esther Dweck, economista, trabalhou no ministério do Planejamento
• Ministério da Mulher: Aparecida Gonçalves, consultora de políticas públicas contra a violência de gênero
• Ministério da Igualdade Racial: Anielle Franco, jornalista, professora e ativista, diretora do Instituto Marielle Franco
• Ministério dos Direitos Humanos: Silvio Almeida, advogado e escritor
• Ministério dos Portos e Aeroportos: Márcio França, ex-governador de São Paulo
• Ministério da Ciência e Tecnologia: Luciana Santos, governadora de Pernambuco
• Ministério do Trabalho: Luiz Marinho, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
• Controladoria Geral da União: Vinicius Marques de Carvalho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica Desenvolvimento 

Mais de 30 ministérios

Ao todo, o governo de Lula terá 37 ministérios. Além dos já anunciados, o presidente eleito deve indicar, até a próxima terça-feira (27), mais 16 nomes para chefiar as seguintes pastas: 

• Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
• Comunicação Social (Secom);
• Agricultura e Pecuária;
• Integração e Desenvolvimento Regional;
• Pesca e Aquicultura;
• Previdência Social;
• Cidades;
• Comunicações;
• Minas e Energia;
• Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
• Esporte;
• Meio Ambiente;
• Planejamento e Orçamento;
• Turismo;
• Povos Indígenas;
• Transportes

No início do mês, o petista já havia divulgado o nome dos futuros chefes da Defesa (José Múci Monteiro), Justiça e Segurança Pública (Flávio Dino), Fazenda (Fernando Haddad), Casa Civil (Rui Costa) e Relações Exteriores (Mauro Vieira).

“Derrotamos o Bolsonaro, não o bolsonarismo”

Ao discursar nesta quinta-feira (22), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, Lula afirmou que, apesar da vitória nas urnas, seu governo precisará estar atento ao bolsonarismo ainda ativo no Brasil. Desde o segundo turno, manifestantes a favor do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) protestam contra o resultado das eleições em frente a quartéis generais. 

“Vocês lembram o quanto foi difícil ser oposição, o quanto era difícil usar uma camisa vermelha, o quanto era difícil as pessoas carregarem um adesivo do Lula no carro. E o povo brasileiro teve coragem. […] O que nós temos que ter consciência de que nós derrotamos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo está nas ruas desse país, raivoso e sem querer reconhecer a derrora que eles tiveram”, disse Lula. 

“Por isso, além de governar com eficiência, nós vamos ter que derrotar o bolsonarismo nesse país, para que esse país volte a ser democrático”, acrescentou. 

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