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Preservação

Florianópolis ganha site para preservar a baleeira do litoral catarinense

No site o público vai conhecer baleeiras mais novas e outras bem velhinhas

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Prefeitura de Florianópolis/ Reprodução
Foto: Prefeitura de Florianópolis/ Reprodução

Nessa segunda-feira, às 19h, foi lançado o site, um projeto criado para preservar a memória da baleeira, uma embarcação típica do litoral catarinense que corre sério risco de desaparecer.

O objetivo do site é manter viva a memória das baleeiras que ainda são utilizadas na Ilha de Santa Catarina, em fotografias e nas histórias contadas por seus proprietários.

O site também traz um pouco da história desta embarcação, cuja técnica de construção nasceu com os vikings e em meados do século XVIII chegou ao litoral catarinense junto com os açorianos que colonizaram a região. Aqui, foi usada inicialmente para caça da baleia e até hoje é empregada na pesca e no transporte de passageiros.

A preocupação agora é com o futuro da baleeira. Aos poucos, ela vem sendo substituída por outros tipos de embarcações, que oferecem vantagens na construção e manutenção. Apesar de a baleeira ser mais segura, eficiente e confortável na navegação, ela já não é mais construída, pois utiliza madeiras que não podem ser extraídas por serem protegidas pela legislação ambiental.

Além disso, os métodos de construção da baleeira estão preservados apenas na memória de mestres artesãos. É o epílogo de uma história que o site Baleeira da Ilha site procura preservar, mesmo que em parte.

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Nas histórias contadas no site, é possível ver a sensibilidade dos proprietários ao risco de sumiço da baleeira, a admiração de cada um pelas características únicas dela. Seu formato e modo de construção faz dela uma embarcação veloz e fácil de manobrar. A segurança ao navegar é também um diferencial, tanto para pescaria como para passeio. É um barco ao mesmo tempo rústico, valente e belo.

No site o público vai conhecer baleeiras mais novas e outras bem velhinhas. Algumas estão em pleno uso. Outras estão há muito tempo “puxadas”, ou seja, repousando em seus ranchos à espera de um convite para o mar. Vai ver que o amor por elas não respeita limites de idade, tem gente idosa, mas também tem muito jovem empenhado em manter sua baleeira como um testemunho de uma parte da história de Florianópolis. Em todos os relatos, um ponto em comum: o amor quase fraternal entre um homem e seu barco.

O site foi desenvolvido por uma equipe de três profissionais. Sob a orientação do técnico em construção naval Luciano Luiz Dias, a jornalista Cristina Gallo fez as fotos e a jornalista Gisele Dias escreveu os textos.

Esse projeto é financiado com recurso público oriundo do Edital de apoio às Culturas 2020 promovido pela Prefeitura de Florianópolis por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.

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