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Tatiana Tendo Tempo

A organização exterior reflete na organização interior

Desacumular coisas exige um esforço consciente, é um trabalho diário

• Atualizado

Tatiana Bozzano

Por Tatiana Bozzano

Imagem ilustrativa
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Não há dúvidas que a organização do ambiente traz para uma sensação de leveza e de equilíbrio, e que a organização externa reflete na organização interna.

DESACUMULAR coisas exige um esforço consciente, é um trabalho diário. Mas há estratégias que ajudam a formatar esse novo modo de lidar com os pertences dos nossos clientes.

Uma dica é anotar uma data na agenda para fazer essa vistoria na casa.

É interessante revisitar os armários do acumulador, de seis em seis meses porque já se passaram as estações, então poderemos verificar o que ele quer manter ou não.

Além da escolha de uma data para “faxinar” os ambientes, vale dedicar uma atenção mais cotidiana aos objetos.

Devemos pensar porque cada objeto está em cada lugar, pensando em guardar cada coisa de forma que fique de fácil acesso. Também é imprescindível etiquetar os objetos, dando nome para cada coisa.

OUTROS PROBLEMAS COMUNS EM ACUMULADORES COMPULSIVOS

Com o excesso de itens e consequente desorganização, falta de espaço e condições sanitárias precárias, a qualidade de vida dos acumuladores compulsivos é mínima.

Por isso, frequentemente há outros problemas que acompanham o transtorno, tais como alcoolismo, TOC, síndrome do pânico e depressão.

Além da dificuldade de descartar objetos, mesmo aqueles que estão velhos ou quebrados, os acumuladores sofrem com outras situações.

OS PRINCIPAIS SÃO:

  • PROBLEMAS DE ORGANIZAÇÃO E HIGIENE;
  • IMPOSSIBILIDADE DE ORGANIZAR SEUS PERTENCES;
  • ACÚMULO DE OBJETOS EM TODOS OS CÔMODOS DA CASA. Frequentemente, até ambientes externos são afetados, como jardins, varandas e até mesmo o interior de carros;
  • NECESSIDADE DE PROCURAR E ADQUIRIR NOVOS OBJETOS, mesmo quando já têm vários do mesmo tipo;
  • RESTOS DE COMIDA GUARDADOS OU ESPALHADOS PELA CASA, comprometendo a higiene do ambiente;
  • PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO;
  • IMPOSSIBILIDADE DE CONVÍVIO FAMILIAR E ENTRE AMIGOS;
  • ESTRESSE COM O ISOLAMENTO, mas falta de habilidade em procurar auxílio médico;
  • PROBLEMAS DE SAÚDE FÍSICA; com a precariedade da higiene, especialmente em casos mais graves, os pertences e/ou lixo podem tomar conta de pias, banheiro e fogão. Dessa forma, os acumuladores ficam impedidos de cozinhar, usar o sanitário ou até tomar banho. Assim, a falta de higiene e saneamento apropriado nesses lugares gera riscos para a saúde, como infecções, alergias e doenças causadas por bactérias, fungos e vírus. Outro problema que ocorre com frequência são lesões resultantes de quedas acidentais ou soterramento.
  • PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL; o isolamento provocado pelo transtorno pode levar o acumulador a sofrer quadros de depressão graves. Além disso, há diversos fatores que levam à estresse, ansiedade e pânico, como medo excessivo de ficar sem um objeto e a sensação de que não podem jogar nada no lixo, pois poderão necessitar dele no futuro.

O NÃO RECONHECIMENTO DO PROBLEMA.

Para evitar chegar a extremos, é bom tratar aos primeiros sintomas.

  • EVITE GUARDAR PACOTES só porque são bonitos e parecem úteis sem ter em mente o que fazer deles.
  • Faça uma LIMPEZA EM GUARDA-ROUPA E DOE tudo que não utiliza há mais de 01 ano: roupas, sapatos, casacos, etc.
  • ENFRENTE O “QUARTINHO DA BAGUNÇA” e jogue fora o que estiver quebrado, estragado, que ninguém usa mais. Isso inclui brinquedos das crianças, jogos, monitores, impressoras, etc.
  • GAVETAS DE PAPÉIS costumam acumular cartões de natal, papéis de carta que nunca são usados, tickets de supermercado, recibos de banco. Se não tiverem informações sigilosas, livre-se de tudo.
  • MANTENHA A CASA ORGANIZADA, tendo um lugar para cada coisa e mantendo cada coisa em seu lugar.
  • Não confunda AQUELA COLEÇÃO DE TAMPINHAS DE REFRIGERANTES com acumulação. Só é acumulação quando não existe um objetivo específico ou são acúmulos aleatórios e desorganizados.
  • Caso a pessoa sinta-se mal ou tenha dificuldades em se livrar dos objetos, procure ajuda. Talvez seja depressão, ansiedade ou TOC.

AJUDA DO PERSONAL ORGANIZER

Ao contrário de quem sofre de algum transtorno, que precisa de um médico, aqueles que acumulam por bagunça ou desorganização podem tentar resolver o problema com uma limpeza acompanhada.

ÀS VEZES, O ACÚMULO É TÃO GRANDE QUE É DIFÍCIL SABER POR ONDE COMEÇAR A ORGANIZAÇÃO E DEFINIR O QUE PODE SER ÚTIL OU NÃO.

Para ajudar nessa empreitada, existem os PERSONAL ORGANIZERS.

ACUMULAR, SE NÃO É DOENÇA, É HÁBITO.

Mas, para mudá-lo, é preciso reconhecer que existe um problema.

Muita gente diz que não precisa de ajuda. ACUMULADORES E COMPRADORES COMPULSIVOS NÃO ACHAM QUE ESTÃO ERRADOS.

O trabalho com um acumulador é um trabalho de muita paciência. Uma Organização pode demorar até meses, a depender da resistência que a pessoa tenha ao descarte das coisas.

Quem acumula tem prejuízo financeiro porque não encontra o que tem e compra coisas repetidas, não recebe gente em casa porque tem vergonha da bagunça, evita até viajar para não ficar longe das coisas que tem.

O Personal Organizer pode ajudar muito, mas apenas se a situação não for mesmo patológica. NESTES CASOS, É PRECISO PROCURAR UM PSICÓLOGO OU UM PSIQUIATRA. OS FAMILIARES E AMIGOS TAMBÉM DEVEM TOMAR CUIDADO SE PRETENDEM AJUDAR.

É importante entender que esses objetos dão ao acumulador a sensação de segurança e de preenchimento de alguns vazios, então uma vez que cumprem uma função, não devem ser retirados sem antes se entender para que servem.

O Organizer tem um papel fundamental durante o acompanhamento com estes pacientes auxiliando no processo de organização do espaço sempre com o apoio de um profissional da área da saúde.

Espero que vocês tenham gostado.

Beijos da TATI TENDOTEMPO

#somosespelhos


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