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Festa da Selma

Pastor de Blumenau é preso na Operação Lesa Pátria

Outras duas pessoas foram presas em Itajaí

• Atualizado

Redação

Por Redação

Dirlei Paiz. Foto: Instagram, Reprodução
Dirlei Paiz. Foto: Instagram, Reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17) a 14ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília (DF). Em Santa Catarina, foram cumpridos três mandado de prisão, dois em Itajaí e outro em Blumenau.

A prisão na cidade do Vale do Itajaí é do pastor Dirlei Paiz, que atualmente ocupa o cargo de coordenador técnico do gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Almir Vieira. Natural de Blumenau, o pastor compartilha nas redes sociais opiniões políticas, sempre com foco em apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A reportagem tentou contato com o suspeito e com a igreja, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.

A equipe do SCC10 também entrou em contato com Vieira, que afirmou estar trabalhando com o suspeito há cerca de dois meses. Ainda, que um dos requisitos para ocupar o cargo é não ter antecedentes criminais e ter capacidade técnica para atuar na função. Segundo o vereador, tomará as medidas cabíveis assim que comunicado formalmente da situação de Paiz.

A Câmara emitiu nota oficial. Confira na íntegra:

A Câmara de Vereadores de Blumenau emite uma nota oficial de esclarecimento sobre a prisão, ocorrida nesta quinta-feira (17), de Dirlei Paiz, que ocupa cargo em comissão de Coordenador Político no gabinete do presidente do Poder Legislativo de Blumenau, vereador Almir Vieira (PP),  desde o dia 22/05/2023. A prisão foi em decorrência da 14ª fase da operação Lesa Pátria da Polícia Federal. O presidente Almir Vieira se manifesta contrário aos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro.

O vereador Almir Vieira esclarece que recebeu a notícia do cumprimento do mandado de prisão através da mídia e está em contato com as autoridades para apurar o ocorrido. O parlamentar disse ainda que Dirlei foi contratado devido aos seus trabalhos como líder comunitário em Blumenau, sendo membro de associação de moradores e trabalhando diretamente no relacionamento com a comunidade. 

No momento da contratação, a Câmara Municipal solicita, entre outros documentos, o de antecedentes criminais e ressalta-se que Dirlei Paiz não possuía antecedentes. 

O presidente informa que todas as providências cabíveis serão tomadas e a situação será encaminhada para o setor jurídico da Câmara de Blumenau, para que tudo ocorra dentro da legalidade.

Além do pastor, cantora gospel também foi presa

Segundo informações do Correio Brasiliense, outras figuras públicas também foram presas nesta fase da Lesa Pátria. Uma delas é a cantora gospel Fernanda Ôliver. Ela transmitiu a invasão feita por bolsonaristas aos prédios públicos ao vivo nas redes sociais dela e é suspeita de fomentar o movimento chamado Festa da Selma.

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A 14ª fase da Operação Lesa Pátria

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná e Santa Catarina. Aqui no Estado, são três mandados de prisão preventiva e outros sete mandados de busca e apreensão.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

Os alvos desta fase são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões.

O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

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