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Crise dos medicamentos

SC registra falta de antibióticos e anti-inflamatórios em farmácias e postos

Santa Catarina vive momento de aumento de procura de atendimento médico e de medicamentos

• Atualizado

Redação

Por Redação

O frio já chegou em Santa Catarina, e com ele o aumento de casos de gripes e resfriados. Farmácias públicas e privadas começaram a sentir o impacto do aumento de atendimentos e da procura por antibióticos e anti-inflamatórios.

Em Florianópolis, a Prefeitura Municipal já registra falta de amoxicilina e azitromicina, antibióticos utilizados no tratamento de infecções bacterianas. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a falta se deve a atrasos na entrega dos medicamentos por parte dos fornecedores contratados, que alegam dificuldades no mercado nacional. Os fornecedores já foram notificados extrajudicialmente e a previsão é que os lotes de amoxilina sejam entregues no dia 10 de junho. Azitromicina segue sem previsão de entrega na Capital.

Na última sexta-feira (27), a Secretaria de Saúde de Florianópolis já havia divulgado uma lista com 20 medicamentos que estavam em falta Centros de Saúde, farmácia especializada, Upas e Policlínicas. A lista inclui medicamentos básicos como Dipirona, Omeprazol e Paracetamol, e também medicamentos para tratamento de asma, antibióticos e anti-inflamatórios.

No Norte de Santa Catarina, Rio Negrinho também sofre com a diminuição dos estoques de medicamentos. “Estamos passando por uma nova onda e um novo surto gripal, principalmente envolvendo o vírus influenza e o da Covid e estamos passando por um problema sério no nosso país, que é a diminuição dos estoques de antibióticos nos postos de saúde e nos hospitais, inclusive nas farmácias particulares”, alertou Caio César Treml, prefeito do município.

Utilização de máscaras

Devido ao medo de desabastecimento, o prefeito solicitou que os pais voltem a pedir que os filhos utilizem máscaras nas escolas. “Não é um decreto, não é uma obrigatoriedade, é um reforço, um pedido que estamos fazendo, pois sabemos que desde que paramos de utilizar a máscara, as doenças voltaram a nos acometer”, disse o prefeito.

Escassez de medicamentos

No final de maio, após uma onda de frio as farmácias já registraram problema de escassez de medicamentos para nebulização, como soro fisiológico, broncodilatadores e anti-inflamatórios, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Santa Catarina, a baixa produção de insumos na China e na Índia, e a Guerra na Ucrânia estão afetando a produção de antibióticos e anti-inflamatórios. “Esses medicamentos, relacionados ao combate da Covid e gripe, estão começando a faltar em farmácias públicas e privadas do estado. Gestores municipais informam que não estão conseguindo fazer nem compras emergenciais”, afirma o Conselho.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que trabalha, em conjunto com Anvisa, conselhos municipais e estaduais de saúde e representantes das indústrias farmacêuticas, para verificar as causas e articular ações emergenciais para mitigar o desabastecimento dos medicamentos no país. “O Ministério da Saúde trabalha sem medir esforços para manter a rede de saúde abastecida com todos os medicamentos ofertados pelo SUS”, diz o comunicado.

A Secretaria de Estado da Saúde foi procurada pelo SCC10 e até a publicação desta reportagem não retornou contato.

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