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Justiça

Mauro Hoffmann, condenado pelo incêndio da Kiss, é transferido do presídio de Itajaí; entenda o motivo

Hoffman morava com a família em Bombinhas, no litoral centro-norte de Santa Catarina.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Juliano Verardi | TJRS
Foto: Juliano Verardi | TJRS

Mauro Hoffman, sócio e um dos condenados no julgamento da boate Kiss pela morte de 242 pessoas no incêndio de 2013, em Santa Maria, que havia se apresentado na última quarta-feira (15) no Presídio Regional de Tijucas, na Grande Florianópolis, foi transferido nesta sexta-feira (17).

Segundo a decisão, assinada pelo Juiz José Adilson Bittencourt Junior, a transferência deve-se à superlotação do Presídio Regional de Tijucas.

Hoffman morava com a família em Bombinhas, no litoral centro-norte de Santa Catarina.

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Confira as penas  

  • Elissandro Spohr, sócio da boate: 22 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual   
  • Mauro Hoffmann, sócio da boate: 19 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual   
  • Marcelo de Jesus, vocalista da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual   
  • Luciano Bonilha, auxiliar da banda: 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual 

Relembre os 10 dias de julgamento do caso Kiss

** Informações SBT News

Quase nove anos após a fatídica noite de 27 de janeiro de 2013, quatro pessoas foram condenadas por homicídio e tentativa de homicídio pelo incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou 242 mortos e 636 feridos. Um dos donos da Kiss, Elissandro Spohr recebeu as maiores penas. Ao todo, ele foi condenado a 22 anos e 6 meses de cadeia. O outro sócio, Mauro Hoffmann, deverá cumprir 19 anos e 6 meses. Já os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o músico Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor Luciano Bonilha foram condenados a 18 anos de reclusão, cada.

O julgamento foi um dos mais longos da história do Rio Grande do Sul. Ao longo dos dez dias de júri, sobreviventes, testemunhas e outras pessoas direta ou indiretamente envolvidas com a tragédia foram ouvidas pelos jurados e pelo juiz Orlando Faccini Neto no Foro Central de Porto Alegre. 

A primeira pessoa a ser ouvida foi a sobrevivente Kátia Giane Pacheco, ex-funcionária da boate, que tinha 21 anos na época da tragédia. Ela teve 40% do corpo queimado e deu detalhes sobre o incêndio, ao longo de quatro horas.

“Teve duas pessoas que tentaram me tirar lá de dentro, porque tinha gente em cima de mim. Na hora, eles tentaram me levar e não conseguiram. Eu simplesmente me agarrei nas pernas de uma das pessoas de um jeito que ele, ele ou ela, não sei, não conseguia se mover. Daí foi quando fizeram força para me puxar”, declarou.

Entre os momentos que chamaram a atenção ao longo das oitivas, estão ainda as falas de um engenheiro que disse que “só ignorante” instalaria espuma em uma boate, a de um dos réus, Elissandro Spohr, que afirmou não aguentar mais e a do operador de som da noite da tragédia que chorou e pediu desculpas por ter desligado os microfones após o início do incêndio, impedindo que as pessoas pudessem ser alertadas e orientadas a deixar a boate: “Eu errei”.

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