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Imunização

Santa Catarina receberá mais de 300 mil doses de vacina contra Covid-19

A previsão de chegada das doses é às 23h20, deste domingo (20)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil
Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), anunciou nesse sábado (19) o recebimento de mais de 300 mil doses de vacina contra a Covid-19 nos próximos dias. Ao todo serão 309.250 doses da AstraZeneca, com previsão de chegada às 23h20, deste domingo (20), no Aeroporto Hercílio Luz, na Capital.

Todas essas doses serão para aplicação da segunda dose (D2). Portanto, neste primeiro momento, elas vão ficar armazenadas na Rede de Frio Estadual e serão distribuídas ao longo do mês de julho, com o objetivo de completar os esquemas iniciados no período de 12 semanas.

Doses que chegaram ao estado na sexta já foram distribuídas

As 17 Unidades Descentralizadas de Vigilância Epidemiológica (UDVEs) das Regionais de Saúde de Santa Catarina já receberam as doses das vacinas dos laboratórios Sinovac/Butantan e Pfizer que chegaram ao estado na manhã dessa sexta-feira (17).

As vacinas das centrais regionais de São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê, Concórdia foram transportadas pelo avião do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Para as demais UDVEs, Videira, Joaçaba, Lages, Mafra, Rio do Sul, Grande Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Tubarão, Criciúma, Araranguá, Blumenau e Itajaí, as doses seguem via terrestre.

Foram encaminhadas, nesta remessa, 119.410 doses para aplicação da dose um (D1). Deste total, 34 mil são da vacina do laboratório Sinovac/Butantan, sendo que a outra metade ficará reservada na Rede de Frio Estadual, em São José, para garantir a aplicação da dose dois no intervalo recomendado, que é de 28 dias. As outras 85.410 são do laboratório Pfizer e foram distribuídas para 290 municípios.

As vacinas encaminhadas serão utilizadas para dar continuidade à vacinação da população dos grupos prioritários, com a inclusão das gestantes e puérperas sem comorbidades e lactantes, e também para avançar na vacinação da população por faixa etária.

chegada vacina sc pfizer
Foto: Ricardo Wolffenbüttel | Secom

O diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, reforça que os municípios só devem avançar para a próxima fase, por faixa etária, quando a cobertura vacinal do grupo que está sendo vacinado superar 75%. “Os municípios só podem iniciar a vacinação da população com 49 anos, por exemplo, depois que a cobertura vacinal recomendada for alcançada para o grupo anterior. Não podemos correr o risco de deixar para trás pessoas que já deveriam ter sido vacinadas para iniciar um novo grupo”, esclarece o diretor.

Tira-dúvidas sobre a vacinação contra a Covid-19

A DIVE-SC reforça o pedido para que as pessoas não deixem de tomar a vacina, a que estiver disponível, independentemente da marca. O órgão reforça que todas são seguras e que a proteção de todos contra o coronavírus depende da proteção de cada um. Outra recomendação importante é que mesmo depois de vacinadas as pessoas não descuidem dos protocolos sanitários. O uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social continuarão indispensáveis.

A médica infectologista, Lígia Gryninger, esclarece dúvidas envolvendo a vacinação contra a Covid-19. Ela atua na linha de frente do combate à pandemia, na região da Grande Florianópolis. A médica fala sobre a importância de se vacinar, eficácia, segurança e reações à vacina, entre outros temas relacionados à proteção vacinal contra o coronavírus. Acompanhe as orientações e, quando chegar a sua vez, não deixe de tomar a vacina.

Por que é importante tomar a vacina?
Lígia Gryninger: A vacina é o único meio, junto com as medidas de precaução como o uso de máscara, da higienização das mãos e do distanciamento social, que vai fazer a gente vencer essa pandemia.

Das vacinas que estão disponíveis, qual delas é a mais recomendada?
Lígia Gryninger: Todas. As vacinas vão trazer benefícios individuais e coletivos. Se eu tomei uma e a outra pessoa tomou uma diferente da minha, tenha certeza que os dois estarão protegendo um ao outro. Isso é fundamental para vencermos a pandemia.

Tomei a CoronaVac, estou menos protegido? Ela é eficaz?
Lígia Gryninger: Quando a gente fala em eficaz, a gente pensa no mundo ideal, a gente pensa em não se contaminar pelo vírus. O que nós precisamos entender é que o objetivo da vacina é evitar o agravamento da doença,  a hospitalização e o óbito. Então não tem que haver essa discussão de que uma vacina é menos eficaz que a outra. Todas têm o mesmo objetivo de diminuir a hospitalização e o número de óbitos”.

Não quero tomar a AstraZeneca por que a vacina provoca muitas reações.
Lígia Gryninger: Isso vai depender de indivíduo para indivíduo. Não temos tido reações severas como estão dizendo por aí. O que nós sabemos é que algumas pessoas podem ter uma pré-disposição de desenvolver eventos adversos que a gente considera de leve a moderado no pós-vacinação, que acontece até com outras vacinas. Então, o que tem sido relatado com a AstraZeneca é febre, dor no corpo que deixa a pessoa 24, 48 horas um pouquinho mais debilitada, mas, nada que seja motivo para desistir desse tipo de vacina.

Tomei a vacina e não tive nenhuma reação, significa que não estou protegido?
Lígia Gryninger: Isso não está relacionado. Isso é uma pré-disposição individual que tem a ver com ter ou não algum evento adverso, em nada tem a ver com a proteção.

A vacina pode provocar a Covid-19?
Lígia Gryninger: Não. A vacina não é capaz de provocar a doença.

Eu posso escolher qual vacina tomar?
Lígia Gryninger: A gente deve tomar a vacina que estiver disponível. Nós não recomendamos a pessoa escolher a vacina, mesmo porque o objetivo é dar a proteção para todos, de maneira igual. Então, escolher a vacina nesse momento não é o caminho para a gente conseguir controlar a Covid-19.

Tomei a vacina. Significa que estou imunizado?
Lígia Gryninger: Para usar a palavra imunização ainda é cedo demais. O que a gente considera é que a vacina vai dar proteção (mesmo que a gente não saiba ainda por quanto tempo) para que, em contato com o coronavírus, você não desenvolva quadros graves ou venha a óbito.

A pessoa vacinada ainda pode transmitir o coronavírus?
Lígia Gryninger: A pessoa vacinada ainda pode pegar o coronavírus. Se ela pode pegar, ela pode transmitir.

Uma dose da vacina já é suficiente?
Lígia Gryninger: Depende da indicação do fabricante. Para os imunizantes que precisam de duas doses, é fundamental completar o esquema para que a gente possa considerar a pessoa vacinada.

Tomei a vacina. Já posso sair sem máscara?
Lígia Gryninger: Não. Infelizmente, não. Eu sei que todos estão ansiosos por este momento, mas, a vacinação não tira o seu dever de continuar usando máscara, higienizando as mãos e mantendo o distanciamento social.

Tomei a vacina e resolvi checar se adquiri anticorpos. O exame deu negativo, a vacina não foi eficaz?
Lígia Gryninger: Não existe ainda um exame para saber se estou protegido depois da vacinação. Existem alguns exames que podem sugerir uma proteção, mas o fato de eles virem negativos não significa que você não está protegido. A proteção vacinal é muito maior do que somente a dosagem de anticorpo indicada no exame de sangue.


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