Santa Catarina acende alerta para variante indiana da Covid

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul receberam nesta quinta-feira (20) comunicação de risco, do Ministério da Saúde, relacionada a possível chegada da variante B.1617, da Índia, aos estados. O comunicado foi feito após a Argentina, país que possui fronteiras com a Região Sul, confirmar dois casos de variante em seu território.

Além disso, nesta quinta (20), segundo informações do Instituto Evandro Chagas (IEC), seis amostras de tripulantes do navio chinês “Mv Shandong da Zhi”, atracado no litoral do Maranhão, deram positivas para a linhagem de B.1.617 do SARS-CoV-2, conhecida como variante indiana. Dessa forma, esses são os primeiros registros de casos da variante indiana no país, contudo tratam-se de casos importados. Segundo o Ministério da Saúde, todas as medidas de contenção necessárias estão sendo tomadas pelos órgãos competentes

De acordo com o infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), Fábio Gaudenzi, até o momento nenhum caso foi registrado em solo catarinense. “Os órgãos de Vigilância Epidemiológica têm estimulado o monitoramento genômico, para identificação tanto de novas cepas quanto essas de variantes, que são de importância. Mas é preciso lembrarmos que as medidas de controle, as medidas para evitar a disseminação da doença, são as mesmas. O uso da máscara, o uso do álcool gel, evitar os ambientes aglomerados”, disse Gaudenzi.

51 países

Preliminarmente, a modelagem feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que B.1.617 tem uma taxa de crescimento maior do que outras variantes circulantes na Índia, sugerindo potencial maior transmissibilidade, com outras variantes co-circulantes também demonstrando transmissibilidade aumentada.

Inicialmente as variantes emergentes do SARS-CoV-2 dentro da linhagem B.1.617 foram relatadas recentemente na Índia e foram designadas como Variante de Interesse (VOI) pela OMS, a partir do dia 10 de maio de 2021 foi designada como Variante de Preocupação (VOC) considerando a sua transmissibilidade, resposta de neutralização da vacina. Desde 27 de abril, mais de 1.200 sequências foram atribuídas à linhagem B.1.617 em pelo menos 51 países. A maioria das sequências foram encontradas na Índia, Reino Unido, Estados Unidos e Cingapura. No entanto, esta linhagem compreende várias sub-linhagens, que diferem ligeiramente por suas características de mutação.

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