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Fuga

Tráfico humano: brasileiros fogem após mais de 3 meses presos

Os dois fugiram junto a um grupo de centenas de estrangeiros que também eram mantidos reféns.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: UOL/Reprodução
Foto: UOL/Reprodução

Após mais de três meses mantidos reféns como vítimas de tráfico humano em Mianmar, os brasileiros Luckas Viana dos Santos e Phelipe de Moura Ferreira conseguiram fugir no último sábado (8) e foram resgatados no país asiático, segundo informações de seus familiares.

Os dois fugiram junto a um grupo de centenas de estrangeiros que também eram mantidos reféns. Na segunda-feira (10), os brasileiros foram encontrados por integrantes do Exército Democrático Karen Budista (DKBA), uma milícia rebelde dissidente das Forças Armadas de Mianmar. O país vive sob um regime militar ditatorial há quatro anos e é dominado por grupos armados rivais.

Antes da fuga, Phelipe conseguiu enviar uma mensagem ao pai, Antonio Carlos Ferreira, por um número desconhecido: “Vamos tentar daqui a pouco. (…) Se acontecer algo comigo, saiba que eu tentei ao máximo.”

Atualmente, os brasileiros estão detidos em um centro local, de onde conseguiram entrar em contato com suas famílias. Eles aguardam transferência para a Tailândia com apoio da organização internacional The Exodus Road, especializada no combate ao tráfico humano. A ONG confirmou que, além dos brasileiros, outros 368 estrangeiros de 21 países escaparam do cativeiro.

Segundo Cintia Meirelles, porta-voz da Exodus, o DKBA segue resgatando e identificando mais vítimas. Desde segunda-feira, o grupo já encontrou 50 pessoas e espera libertar até 170, que devem ser enviadas para a Tailândia até esta terça-feira (12).

“Estou me sentindo o homem mais feliz do mundo. Pensei que nunca mais veria meu filho, mas graças a Deus e à ajuda da ONG, conseguimos” – declarou Antonio Carlos Ferreira.

Relembre o caso:

Luckas e Phelipe foram vítimas de tráfico humano entre outubro e novembro, após aceitarem falsas ofertas de emprego na Tailândia. Ao chegarem à região, foram levados à cidade de Myawaddy, em Mianmar, onde ficaram presos por cerca de três meses.

No cativeiro, os brasileiros eram forçados a trabalhar 15 horas por dia em uma fábrica, aplicando golpes digitais contra vítimas de outros países. Sob constantes ameaças, sofreram tortura e agressões.

“Meu filho está com o corpo todo machucado por pancadas, choques, por tudo o que fizeram com ele lá. E não foi só com ele, mas com muitas pessoas de diferentes partes do mundo. Agora, o mundo precisa olhar para Mianmar e intervir nessa rede de tráfico humano.” — Antonio Carlos Ferreira, pai de Phelipe.

Com informações do UOL.

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