Suspeito de torturar e matar a companheira a facadas é denunciado pelo MPSC

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou um homem por feminicídio e tortura contra a companheira na Comarca de Dionísio Cerqueira, no Extremo Oeste catarinense. Os crimes ocorreram entre os dias 29 e 30 de dezembro de 2024, e a denúncia já foi recebida pela Justiça.

Segundo a investigação, no dia 29, o acusado torturou a vítima ao levá-la até uma área isolada na Linha São Paulo. Ele a agrediu e passou uma lâmina de faca em seu rosto para forçá-la a desbloquear o celular, suspeitando de traição. No dia seguinte, no bairro Aeroporto, ele a levou novamente a um local afastado e a matou com três golpes de faca no peito e abdômen. A mulher era mãe de duas crianças, de três e um ano de idade.

A denúncia, apresentada pelo promotor Lucas Broering Correa, pede o aumento da pena por agravantes, como a dificuldade de defesa da vítima e o motivo torpe do crime. Além disso, reforça que o acusado agia com possessividade extrema e tratava a companheira como objeto.

O processo segue em segredo de justiça e os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Feminicídio agora é crime autônomo

A Lei nº 14.994, sancionada em outubro de 2024, transformou o feminicídio em um crime independente, com pena de 20 a 40 anos de reclusão. Antes, era apenas uma qualificadora do homicídio, com punição de 12 a 30 anos. A mudança visa fortalecer o combate à violência contra a mulher e garantir punições mais severas aos agressores.

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