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Absurdo

Sobrevivente diz que ouviu: ‘Se está aqui é para morrer’, de caminhoneiro que arrastou moto na BR-101

O sobrevivente do acidente conta o que ouviu quando pedia por ajuda

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Reprodução / Redes sociais
Foto: Reprodução / Redes sociais

‘Se está aqui é para morrer’ essa é a frase que Anderson Pereira ouviu ao pedir para que o caminhoneiro parasse de arrastar a moto onde ele estava com a esposa, Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, vítima do grave acidente na BR-101, em 6 de março do ano passado. Sandra foi arremessada e não sobreviveu, Anderson ficou pendurado na cabine, enquanto a moto era arrastada por mais de 20 km.

Jeferson Alves Soares, motorista do caminhão, foi condenado nesta quinta-feira (9), a 14 anos de prisão, em regime inicial fechado, por homicídio doloso, e um ano de detenção, por tentativa de homicídio, uso de entorpecentes e por negar socorro às vítimas, em sessão do Tribunal do Júri da comarca de Itajaí.

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Anderson conversou com a equipe do SCC SBT e contou o diálogo que teve com o caminhoneiro enquanto pedia para ele parar o veículo. “A única coisa que ele falou quando eu pedi para parar o caminhão foi ‘se está aqui é para morrer'”, lembrou.

Antes do resultado do júri, que condenou o acusado, Anderson destacou o que esperava da Justiça: “Que a justiça seja feita hoje e sempre nessas questões. Não dá para ficar perdendo vidas no trânsito por conta de atitudes inconsequentes”, frizou.

Confira a reportagem com o depoimento do sobrevivente

Condenação

O Conselho de Sentença reconheceu o homicídio doloso (dolo eventual) do caminhoneiro – contra a passageira da motocicleta – e a tentativa de homicídio qualificada – contra o motociclista – , além de deixar de prestar socorro imediato à vítima e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada. O crime ocorreu na tarde de 6 de março de 2021, entre a cidade de Penha e Itajaí, no Litoral Norte.

Segundo denúncia do Ministério Público, o caminhoneiro conduzia o veículo com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de substâncias psicoativas. Após provocar a colisão e ver a caroneira voar sobre o caminhão, sendo jogada no asfalto, o motorista teria continuado o trajeto, arrastando por mais de 20 quilômetros pela rodovia o veículo das vítimas, preso na carroceria frontal do caminhão. A caroneira não resistiu aos ferimentos e morreu. O motociclista, que pulou do caminhão em movimento, se recuperou dos ferimentos. 

O caso ficou conhecido nacionalmente depois que as cenas do caminhão arrastando a moto com o piloto pendurado na porta do motorista, por mais de 20km, viralizaram nas redes sociais e foram reproduzidas nos telejornais de todo o país.

Caminhoneiro admitiu uso de cocaína

Jeferson Alves Soares testemunhou no início da tarde desta quinta (9). Durante sua fala, o acusado afirmou que estava trabalhando há dois dias sem dormir e que a carga do caminhão tinha hora para chegar ao destino.

O caminhoneiro também confirmou usar antidepressivos e ter usado cocaína e ingerido bebidas energéticas no dia do crime. “Eu me arrependo profundamente”, disse durante o julgamento.

Veja o momento que caminhão arrastou casal

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