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Submarino robô

Sinais de celulares indicam novo ponto de buscas pelo avião desaparecido na Argentina

As buscas são ao leste da cidade de Comodoro

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Mario Pinho (E) e Toninho. Fotos: Wagner Eduardo/JetPhotos e Reprodução | Redes Sociais
Mario Pinho (E) e Toninho. Fotos: Wagner Eduardo/JetPhotos e Reprodução | Redes Sociais

Na manhã desta quinta-feira (14), a Defesa Civil Argentina informou que está realizando buscas submarinas, com auxílio de um robô, pelo avião desaparecido com três brasileiros na Argentina. As buscas são ao leste da cidade de Comodoro, área onde foi detectada a última atividade dos celulares dos tripulantes Antônio Carlos Castro Ramos, Mário Pinho e Gian Carlo Nercolini. O monomotor desapareceu na última quarta-feira (6) no Sul da Argentina. As informações foram fornecidas ao Portal Diário Jornada, da Argentina.

De acordo com a Defesa Civil, as buscas são em um ponto diferente de onde vinham sendo realizadas. O novo local foi identificado após o cruzamento de dados de cinco antenas de celular, que possibilitou a geolocalização com relação ao último sinal emitido pelos aparelhos. A informação foi recebida pelas equipes de busca argentina após a colaboração de autoridades brasileiras. O novo ponto de localização indica uma possível tentativa de retorno da aeronave.

Confira a entrevista:

Buscas continuam

A Empresa de Navegação Aérea Argentina (EANA) comunicou que a coordenação das buscas pelo avião desaparecido foram suspensas pelo órgão, contudo, o Ministério das Relações Exteriores informou por nota ao SCC10 na quarta-feira (13) que os recursos de busca disponíveis na província de Chubut seguirão mobilizados.

O Governo Provincial continua com os trabalhos. Além disso, o Itamaraty informou que, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires, segue acompanhando o caso e mantém contato com familiares dos desaparecidos e está em coordenação com as autoridades argentinas. “Funcionário do Consulado-Geral deslocou-se a Comodoro Rivadavia, província de Chubut, para prestar apoio a familiares dos desaparecidos e acompanhar as buscas”, diz o comunicado.

Relembre o caso:

A aeronave, que levava três catarinenses, desapareceu na Argentina, na tarde da última quarta-feira (6). O avião pertence a Antônio Carlos Castro Ramos, conhecido como Toninho Ramos, dono da construtora Accr Construções, localizada em Florianópolis. O empresário estava acompanhado de dois amigos: o advogado Mário Pinho, e o médico Gian Carlo Nercolini. Os três são pilotos de aeronave.

As buscas iniciaram ainda no dia do desaparecimento e contaram com o auxílio da Prefeitura Naval Argentina, Guardas Costeiras, aeronaves da Força Aérea Argentina e da Defesa Civil de Chubut.

Em nota, o Ministério dos Transportes da Argentina, comunicou que o sistema baliza ELT não foi acionado. A baliza ELT é um equipamento de emergência capaz de transmitir sinais, que pode ser ativado automaticamente por impacto ou manualmente por sobreviventes. A nota ainda reforçou que as equipes seguem em busca da aeronave enquanto as condições climáticas permitirem.

Em entrevista a um jornal local, o presidente do aeroclube El Calafate, Freddy Vergnole, relatou que passou o final de semana com o grupo e chegou a passar instruções aos aviões. Ele instruiu o grupo a descer em Puerto Deseado por causa das condições climáticas e contou que “estava juntando um pouco de gelo nas asas e nenhum avião pequeno está preparado para juntar gelo, que pesa e impede o voo”.

Segundo o jornal local Clarín, o grupo havia participado do festival “Commodore Vuela”, promovido pelo AeroClub Lago Argentino e realizado nos dia 1, 2 e 3 de abril. O grupo estava aproveitando mais alguns dias de viagem em El Calafate.

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