PF deflagra operação contra lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas
Ação dá sequência ao trabalho desenvolvido pela PF, no sentido da descapitalização patrimonial, prisão de lideranças e cooperação policial internacional.
• Atualizado
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira )4) a Operação *Narcobroker, com o objetivo de desarticular financeiramente uma organização criminosa (ORCRIM) especializada no envio de cocaína para a Europa.
Cerca de 150 policiais federais cumprem 39 mandados judiciais, sendo 9 de prisão preventiva, 2 de prisão temporária e 28 de busca e apreensão no Paraná (Curitiba, Paranaguá, Matinhos, Campo Largo), em São Paulo (São Paulo, Santos, Santo André, Peruíbe, Atibaia) e em Santa Catarina (Itapema, Balneário Camboriú, Itajaí, Camboriú e Urubici). Auditores da Receita Federal do Brasil também participam das buscas.
Prosseguindo no objetivo de desarticulação patrimonial do crime organizado, estão sendo sequestrados mais de 40 milhões de reais em bens do narcotráfico, consubstanciados em dezenas de imóveis e veículos de luxo. Somente uma das casas que teve o sequestro determinado pela Justiça Federal em Curitiba foi comprada pelo chefe da organização criminosa por aproximadamente R$ 6 milhões.
A Justiça Federal em Curitiba também determinou o bloqueio de contas de 68 pessoas físicas e jurídicas que, segundo as investigações, tiveram movimentação suspeita de aproximadamente 1 bilhão de reais entre os anos de 2018 a 2020. O montante total dos valores bloqueados ainda não foi contabilizado.
Também, na ação de hoje, foi determinado pela Justiça Federal o bloqueio de 3 empresas que eram utilizadas pela organização criminosa para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, as quais passarão a ser administradas pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD/MJSP, em parceria com o Conselho Federal de Administração – CFA.
As investigações da PF foram iniciadas em 2019 e apontam que os integrantes da organização criminosa utilizavam empresas fantasmas e de fachada para comprar mercadorias de origem orgânica, visando dificultar a atuação dos órgãos de fiscalização e segurança. Tais mercadorias eram acondicionadas em contêineres que também ocultavam centenas de quilos de cocaína enviados à Europa.
Foram apreendidas anteriormente mais de 13 toneladas de erva mate, ativo biológico que será alienado antecipadamente conforme autorizado judicialmente. Durante os trabalhos investigatórios ocorridos, também foram apreendidos 240 quilos de cocaína no porto de Paranaguá.
Além disso, a Justiça Federal expediu mandado de prisão preventiva em desfavor de um brasileiro que se passava por empresário na Espanha mas, na realidade, tratava-se de um suspeito entre as organizações criminosas brasileiras e europeias; ele recebia a droga que vinha escondida em meio à carga lícita que era enviada.
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