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Influenciadora que morreu pagou R$ 3 mil para aumentar glúteos, diz polícia

Suspeita se dizia biomédica, mas não era formada na área.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Influenciadora que morreu pagou R$ 3 mil para aumentar glúteos | Imagem: Reprodução/Instagram/@linefrreira
Influenciadora que morreu pagou R$ 3 mil para aumentar glúteos | Imagem: Reprodução/Instagram/@linefrreira

A Polícia Civil de Goiás informou que a influenciadora Aline Ferreira, de 33 anos, pagou R$ 3 mil na aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato) para aumentar os glúteos. Aline morreu na última terça-feira (2), em Brasília, menos de dez dias após fazer o procedimento.

Segundo o Portal UOL, a dona da clínica estava ‘se escondendo’ da família de Aline. Em coletiva, a delegada Débora Melo, da Decon (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor), informou que a mulher — cujo nome não foi divulgado — também havia desativado os perfis em redes sociais. A suspeita foi presa na quarta-feira (3). O UOL tentou contato com a clínica por telefone e mensagem, mas não teve resposta.

Conforme o mesmo portal, a clínica não tinha alvará sanitário, nem responsável técnico. “É uma exigência para qualquer estabelecimento comercial na área de saúde e estética para esclarecer as atividades realizadas”, explicou a delegada. “Tem atividades mais simples — como micropigmentação e massagens — e tem atividades bem mais complexas, com a utilização de substâncias injetáveis, que trazem um risco para o paciente”.

Suspeita se dizia biomédica, mas não era formada na área. A dona da clínica nunca fez uma faculdade de biomedicina e não tinha registro no Conselho Regional de Biomedicina, de acordo com as investigações. “Ela nos falou que cursou até o terceiro período de medicina em uma faculdade do Paraguai. Mas isso foi há alguns anos, porque ela trancou o curso há três anos”, disse Melo.

Dona da clínica não mantinha prontuários dos pacientes. Também não pedia exames prévios para realizar os procedimentos, nem fazia um contrato de prestação de serviços para formalizar a relação com os clientes. “Ou seja: a pessoa simplesmente chegava, pagava, fazia o procedimento e ia embora”, completa a delegada.

Responsável pode ter cometido ao menos três crimes ou infrações. A suspeita pode ser indiciada por exercício ilegal da medicina e penalizada por executar serviço de alto grau de periculosidade e induzir do consumidor ao erro a respeito da qualidade dos serviços e produtos oferecidos. Ela ainda será investigada por possível lesão corporal seguida de morte. “Precisamos ouvir várias pessoas”, conclui Melo.

Precisamos, sobretudo, esperar a conclusão do laudo pericial em relação à Aline, porque a certidão de óbito saiu como morte a esclarecer. A gente precisa saber se há como comprovar o vínculo entre a morte e o procedimento estético que ela realizou.

“Mas o que os parentes da vítima alegam é que Aline estava em perfeito estado de saúde até o momento em que ela fez o procedimento com o PMMA”, disse Débora Melo, delegada responsável pela investigação.

Aline passou mal logo após fazer o procedimento, em 23 de junho. A aplicação foi feita em Goiânia, e a influenciadora voltou à Brasília em seguida. Ela foi internada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) seis dias depois, em 29 de junho.

Quadro de saúde da influenciadora piorou gradativamente. A morte de Aline Ferreira foi confirmada na noite do dia 2 de julho. Inicialmente, a polícia não havia informado qual foi o produto aplicado na influencer, mas, ao UOL, o marido dela contou que foi o PMMA.

Usado em Aline, o PMMA também é conhecido como bioplastia. É um preenchedor definitivo em forma de gel utilizado em tratamentos faciais e corporais. O produto é liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não recomendado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

*Com informações do Portal UOL.

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