Acusada de matar grávida em Canelinha cancelou chá de bebê no dia que ocorreria, diz testemunha
Rozalba teria pedido segredo sobre o chá de bebê, mas teria falado para a vítima sobre uma surpresa que estava preparando
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Na tarde desta quarta-feira (24), uma amiga da grávida Flávia Godinho Mafra, que foi assassinada em Canelinha para ter seu bebê roubado, afirmou ao Tribunal do Júri que Rozalba Maria Grime, acusada de cometer o crime, cancelou o chá de bebê surpresa via WhatsApp no mesmo dia em que ocorreria a festa.
“A testemunha contou que Rozalba cancelou pelo whatsapp a festa surpresa na data em que ela ocorreria. E como as amigas ficaram preocupadas com o desaparecimento de Flávia”, diz publicação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nas redes sociais.
Ainda de acordo com ela, Rozalba pediu para que não falassem sobre o chá de bebê com Flávia, mas, ao mesmo tempo, a própria acusada teria falado para a vítima sobre uma surpresa que estaria sendo preparada para ela.
Essa é a quarta testemunha a ser ouvida.
Júri
O júri está sendo presidido pelo juiz José Adilson Bittencourt Júnior, titular da Vara Criminal de Tijucas, com a atuação dos promotores de justiça Alexandre Carrinho Muniz e Isabela Ramos Philippi, além da advogada Patricia Daniela Adriano como assistente de acusação. A defesa terá a atuação dos advogados Rodrigo Goulart e Bruna dos Anjos. É prevista a oitiva de 16 testemunhas arroladas.
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Presa preventivamente, a ré foi pronunciada pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante dissimulação e para encobrir outro crime. Também pelo crime de tentativa de homicídio qualificada pela impossibilidade de defesa (em relação ao bebê). Ela responderá, ainda, pelos crimes de ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual.
Relembre:
Segundo as provas produzidas em inquérito policial, no dia 27 de agosto a investigada Rozalba Maria Grime teria levado a Flávia Godinho Mafra para um local, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada teria usado um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.
Em seguida, a denunciada teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, a qual constatou o crime.
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