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Janeiro Roxo

Pacientes com hanseníase não devem ser isolados da população durante o tratamento

Doença é causada pela bactéria Mycobacterium leprae

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Freepik | Banco de Imagens
Foto: Freepik | Banco de Imagens

Antigamente conhecida como lepra, a hanseníase é uma doença negligenciada causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae que afeta pele e nervos. A campanha do Janeiro Roxo foi criada visando chamar atenção da sociedade para as medidas de prevenção e o controle da doença.

Se antes os pacientes com diagnóstico de hanseníase eram isolados da população, essa medida não é recomendada nos dias atuais, explica a dermatologista do Hospital Baía Sul, Elaine Melo. “Devido aos avanços no tratamento, após a primeira dose o paciente praticamente não transmite mais a doença, portanto não há necessidade de isolá-lo do convívio com seus familiares e amigos”, afirma.

Ainda de acordo com a dermatologista, a sua transmissão acontece pelo ar, principalmente pelo contato próximo. “Mas grande parte da população possui defesa natural e não adoece. Dentre os poucos que adoecem, somente transmitem a doença os que possuem as formas chamadas multibacilares”, explica.

Como identificar ou quando buscar ajuda médica?

O principal sinal de alerta são lesões de pele com alteração de sensibilidade. Podem se manifestar como manchas brancas, vermelhas ou acastanhadas, caroços ou infiltrações (áreas inchadas). Também pode haver perda de pelos nas sobrancelhas, formigamento, diminuição da sensibilidade e/ou perda de força nas extremidades. “Em todas essas situações, a busca de auxílio médico para a realização do exame clínico é fundamental”, ressalta Elaine.

Quais as complicações da doença?

Se houver demora para o início do tratamento, as alterações de sensibilidade podem ser irreversíveis. Em casos em que a doença está mais avançada, podem surgir deformidades como mão em garra, pé caído e alterações oculares que podem gerar incapacidades.

Existe tratamento?

Sim. O tratamento é feito com antibióticos. “Caso o paciente faça o tratamento corretamente, há grande chance de alta por cura”, completa a médica.

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