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PROCON de SC exige retirada de chá emagrecedor que matou mulher

O PROCON SC notificou os estabelecimentos comerciais para suspender venda e fabricação do chá emagrecedor.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem ilustrativa/ Foto: Pixabay
Imagem ilustrativa/ Foto: Pixabay

Uma mulher que foi internada com hepatite fulminante após tomar um chá emagrecedor, morreu na última semana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que o produto, ingerido pela mulher, é proibido no Brasil desde 2020, por não estarem regularizados como medicamentos. O comércio de mercadoria com propriedades terapêuticas não autorizadas é atividade “clandestina”. O PROCON SC notificou os estabelecimentos comerciais, exigindo a suspensão da fabricação, fornecimento, comercialização, distribuição e divulgação do produto e a retirada imediata destes chás das prateleiras de todoos estabelecimentos comerciais.

>> Paciente é internada com falência do fígado após tomar chá emagrecedor

Os pontos de venda também devem retirar o material publicitário envolvendo a comercialização e o fornecimento do “50 ervas emagrecedor” dos sites e ferramentas de busca, anúncios e venda e mídias sociais da internet.

O órgão também exige que seja fixado nos estabelecimentos e na Internet a suspensão de fornecimento, venda, distribuição, divulgação do produto.

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“O PROCON SC tem a obrigação de defender o direito do consumidor, ainda mais em situações que coloca em risco a saúde da população. Não podemos permitir que a comercialização deste tipo de produto continue livremente”, enfatiza o diretor do PROCON SC, Tiago Silva.

A Anvisa destacou que o “50 Ervas Emagrecedor” não pode ser classificado como alimento ou suplemento alimentar, pois “contém ingredientes que não são autorizados para o uso em alimentos”. Há duas resoluções do órgão que proíbem a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso do produto, além de determinarem sua apreensão e inutilização.

O descumprimento da notificação pode resultar em sanções administrativas e multa.

Relembre o caso do chá emagrecedor

A médica gastroenterologista, Liliana Ducatti, de São Paulo, trouxe para as suas redes sociais um alerta muito importante: o perigo do chá emagrecedor, o famoso chá verde. 

A médica relatou que uma de suas pacientes foi diagnosticada com hepatite fulminante sem histórico de doenças pré existentes e nem uso de medicamentos controlados. Após uma investigação médica, a família da paciente trouxe um frasco de um chá emagrecedor “50 ervas emagrecedora”. Uma lida rápida nas descrições para a doutora identificar algumas ervas que são hepatóxica, ou seja, fazem mal para o fígado.

No vídeo, a dra. Liliana explica que o quadro de hepatite fulminante é muito grave e só é possível uma recuperação quando realizado o transplante. “Quando ocorre a falência do fígado o paciente precisa ser transplantado urgentemente ou poderá vir a óbito em 24, 48 ou 72 horas”, afirma.  

De acordo com a médica, além do chá verde, carqueja e mata verde também são ervas conhecidas na literatura médica por serem prejudiciais ao fígado. “Sendo assim, recomendamos não fazer uso desses chás que parecem ser milagrosos para o emagrecimento, que desincha, detox, entre outros”, alerta. 

A paciente estava internada no Hospital das Clínicas de São Paulo e aguardava um doador para realizar o transplante. 

Foto reprodução | Instagram

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