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Preocupante

“Por causa de uma diarreia fiquei tetraplégica 7 meses”, diz brasileira 

A mulher começou a sentir os sintomas ao acordar pela manhã

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

A brasileira Valéria Amaral, de 39 anos, teve um quadro leve de diarreia causado por uma infecção intestinal no início de 2022. Uma semana depois de sentir desconforto e cólica, acordou com os braços dormentes, imaginando que tinha dormido em cima deles. Quando levantou para trocar de roupa, lavar o rosto e escovar os dentes, não sentia força nos dedos.

A jornalista que mora em Brasília passou por alguns exames iniciais enquanto o médico investigava se poderia ser um AVC (acidente vascular cerebral). “Fui fazer café e não conseguia acender o fogão nem digitar no celular. Ainda andava, mas achei estranho e fui ao hospital”, disse.

Outra hipótese levantada, naquele momento, era a síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune rara que afeta os nervos do sistema nervoso periférico, prejudicando os movimentos do corpo. A jornalista ficou 2h30 no exame de ressonância magnética, que descartou problemas na coluna —outra suspeita do médico. Mas assim que foi se mover da maca, não andava mais. 

Foi aí que desconfiaram ainda mais da síndrome. O diagnóstico foi concluído com ajuda de um exame de punção na lombar para análise do líquor (líquido cefalorraquidiano). “Depois disso, foi só ladeira abaixo. Em horas, minha vida mudou”, conta. Na sequência, Valéria foi levada para a UTI. Mas nem imaginava o que era a síndrome —não conseguia mexer no celular para pesquisar algo— e pensava que iria para casa em breve, que tudo era um grande exagero.

“No final do mesmo dia, não mexia quase nada. Não sentava mais sozinha. Colocaram fralda e um acesso venoso para medicação. A enfermeira dava comida na minha boca”, disse Valéria.

*Com informações do Portal UOL

O que é a Guillain-Barré?

A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.

É geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarréia, a mais comum. A incidência anual é de 1-4 casos por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade.

Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarréia, a mais comum. O diagnóstico é dado por meio da análise do líquido cefalorraquidiano (líquor) e exame eletrofisiológico. Relação da Síndrome de Guillain Barré com o Aedes Aegypti.

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