Mensageiro: ex-secretários de Lages também podem virar réus; veja quando
Ambos estão sendo acusados de corrupção passiva e organização criminosa
• Atualizado
O prefeito de Lages, Antonio Ceron, e os ex-secretários Antônio Cesar Arruda e Eroni Delfes Rodrigues, investigados pela Operação Mensageiro, podem virar réus na sessão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) no dia 11 de maio, em Florianópolis.
O prefeito do município está em prisão domiciliar desde o dia 15 de fevereiro, já os ex-secretários Arruda, de Administração e Fazenda, e Delfes, de Serviços Públicos e Meio Ambiente, estão em prisão preventiva. Ambos estão sendo acusados de corrupção passiva e organização criminosa, conforme informou o advogado de defesa.
Em Santa Catarina, cinco prefeitos já viraram réus após o Poder Judiciário aceitar as denúncias do Ministério Público estadual obtidas na Operação Mensageiro. O processo apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
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No dia 13 de abril, três denúncias foram aceitas e os prefeitos que viraram réus são:
- Deyvisonn da Silva de Souza, de Pescaria Brava, no Sul Catarinense
- Luiz Henrique Saliba, de Papanduva, no Norte Catarinense
- Vicente Corrêa Costa, de Capivari de Baixo, no Sul Catarinense
Nesta quinta-feira (27), mais três políticos se tornaram réus do processo, sendo eles:
- Marlon Neuber, prefeito de Itapoá, no Norte Catarinense
- Joares Ponticelli, prefeito de Turbarão, no Sul Catarinense
- Caio Tokarski, vice-prefeito de Turbarão, no Sul Catarinense
Ao Portal SCC10, o advogado de defesa Marcelo Peregrino, do prefeito de Itapoá, disse que “o recebimento da denúncia é decisão que não significa reconhecimento da culpa”. Afirma ainda que, agora, poderá apresentar a defesa durante a instrução criminal.
O advogado do prefeito de Tubarão afirma que vai dar prosseguimento à defesa, no prazo de 10 dias concedido pela Justiça. Disse ainda que requereu a soltura do político e aguarda a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
À reportagem, o advogado Eduardo Henrique Soares, dos dois ex-secretários de Lages, afirmou que o processo ainda corre em segredo de Justiça, mas a defesa entende que não há elementos para o recebimento da denúncia.
O advogado de Antonio Ceron afirmou que o fim do sigilo do processo será benéfico para a defesa, pois “ficará demonstrada a inexistência de qualquer indício de irregularidade na conduta do prefeito”. Disse ainda que, ao final do processo, “com certeza absoluta, o prefeito será absolvido”.
A reportagem busca contato com as defesas dos prefeitos de Pescaria Brava, Papanduva e Capivari de Baixo, réus da operação Mensageiro.
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