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Descarte irregular de lixo

Denúncia: Vigilância Sanitária interdita posto de coleta na Serra Catarinense; VÍDEO

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram moradores manuseando materiais do posto em uma lixeira comum

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Arquivo pessoal/Cedido à Rádio Clube de Lages
Foto: Arquivo pessoal/Cedido à Rádio Clube de Lages

Uma polêmica envolvendo a área da saúde de Ponte Alta, localizada na Serra Catarinense, chamou a atenção das autoridades. Um posto de coleta foi interditado pela Vigilância Sanitária nesta segunda-feira (03), devido a denúncias de moradores sobre descarte irregular de resíduos.

Anteriormente, um laboratório prestava serviços por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas acabou perdendo a licitação da prefeitura para a empresa Maxi Clinic, sediada na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná. Na última semana, o posto de coleta iniciou as operações no município serrano.

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram moradores manuseando materiais como luvas, tubos sujos de sangue e até seringas, consideradas materiais perfurantes, em uma lixeira comum, de acordo com relatos dos residentes.

Após a denúncia, a equipe de fiscalização da Vigilância Sanitária, vinculada à Regional de Saúde, deslocou-se para o município e constatou não só problemas relacionados ao descarte inadequado, mas também várias irregularidades dentro da clínica, resultando na interdição do local até que a situação seja regularizada. A empresa paranaense terá um prazo de 30 dias para realizar as adequações exigidas pela Vigilância Sanitária do Estado.

Diversas inadequações identificadas

Segundo Susana Zen, gerente regional de saúde, além do descarte inadequado dos materiais, foram identificados produtos sem data de validade, falta de estrutura e outros problemas observados no posto de coleta.

“A licença sanitária não estava fixada visivelmente, a inscrição do cadastro nacional não constava alguns funcionários, também não vimos nenhuma instrução escrita a respeito de como proceder aos procedimentos e não tinham comprovação de treinamento para os funcionários”, afirmou Miranda.

Sobre a área física, a gerente relatou que: “Eles não possuem áreas recomendadas pela legislação, como local para separação das amostras e local para guarda de materiais de limpeza. Também não possuem plano de gerenciamento de resíduos, não tinham identificação adequada nas amostras, além do contrato de transporte para as amostras”.

Proprietário da Maxi Clinic assegura que posto de coleta segue recomendações municipais

Na manhã desta quarta-feira (05), Paulo Henrique Miranda, proprietário da empresa Maxi Clinic, declarou durante o programa Clube Cidade, da Rádio Clube de Lages, que o grupo responsável pelo posto de coleta atua há 25 anos no ramo da saúde, em todo o território nacional, e seguiu as orientações do município ao iniciar suas atividades em Ponte Alta.

“Participamos do processo licitatório, fomos vencedores e seguimos com a abertura do posto de coleta. Cumprimos todos os trâmites burocráticos e fornecemos as informações exigidas pelo município. Estamos trabalhando de forma correta e recebemos autorização para operar”, afirmou Miranda.

Em relação às inconformidades encontradas no local, Paulo respondeu: “A estrutura está adequada para atender aos pacientes e foi aprovada pelo município para o funcionamento. Não estamos operando de maneira irregular e estamos dentro das normas estabelecidas”.

Ainda conforme o proprietário, a equipe da empresa já se encontra no local e está empenhada em realizar todas as adequações necessárias para corrigir as questões apontadas pela Vigilância Sanitária, com o objetivo de restabelecer o funcionamento regular do posto de coleta.

Assista ao programa:

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