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Encontro de líderes

Lula discursa na cúpula do G7 e reforça medidas para conter crise climática

No evento, ele deve se reunir ainda com o presidente americano para falar da Guerra na Ucrânia

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Ricardo Stuckert, Reprodução/SBT News
Foto: Ricardo Stuckert, Reprodução/SBT News

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou, neste sábado (20/5), na cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão. O aquecimento global foi o principal tópico citado pelo político, que reforçou que o mundo ainda não conseguiu abandonar a dependência dos combustíveis fósseis, o que pode levar a uma crise climática sem precedentes.

“Estamos perto de um ponto de inflexão irreversível. Não estamos agindo com rapidez suficiente para conter o aumento da temperatura global, conforme acordado no Acordo de Paris. De nada adianta que países e regiões ricas avancem na implementação de planos de transição sofisticados, se o resto do mundo for deixado para trás”, disse Lula.

O petista pediu compromisso das nações para destinar US$ 100 bilhões por ano para a ação climática, bem como outras ações que possam conter as emissões. Ele ainda citou a proteção da Amazônia e dos povos indígenas, salientando a responsabilidade de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025.

“Juntamente com a Indonésia, a República Democrática do Congo e outros países da África e da Ásia, atuaremos para defender as principais florestas tropicais do planeta. O Brasil será implacável no combate aos crimes ambientais. Cumpriremos nossos compromissos de desmatamento zero até 2030 e alcançaremos as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris”, afirmou Lula.

EUA e Guerra na Ucrânia

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, informou, nesta sábado, que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão. O encontro seria para abordar a situação da invasão russa na Ucrânia.

“O Brasil apoiou várias das principais resoluções da Assembleia Geral da ONU neste conflito. O presidente [Biden] agradecerá ao presidente Lula por isso. E o motivo pelo qual o Brasil os apoiou é porque o elemento subjacente a essas resoluções tem sido esse princípio: a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, disse Sullivan.

Segundo o assessor, o principal objetivo da conversa é definir o papel construtivo que o Brasil pode desempenhar nas negociações de paz – congeladas há meses. Ele afirmou que Biden ainda deverá conversar com Lula sobre os resultados dos investimentos norte-americanos no país e com o governo está lidando com a dívida externa.

Além de Biden, há a expectativa que o presidente brasileiro se encontre com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, que foi convidado para a cúpula do G7. Ele chegou a Hiroshima nesta manhã e já se encontrou com representantes do Reino Unido, Itália, França e Alemanha. 

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também se reuniu com Zelensky, que pediu que o país abandone a postura neutra em relação à guerra e condene a Rússia pela invasão na Ucrânia. Caso se encontre com Lula, o líder ucraniano pode fazer o mesmo pedido, uma vez que o Brasil segue mantendo-se neutro para colaborar com as negociações de paz de ambos os lados.

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