Kennedy alerta sobre situação financeira dos municípios e destaca ações do governo
O secretário de Estado da Casa Civil Kennedy Nunes deixa um recado importante sobre o atual momento do governo
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Ao reunir jornalistas para um café, nesta quarta-feira, 9, na Capital, o secretário de Estado da Casa Civil Kennedy Nunes deixa um recado importante sobre o atual momento do governo Jorginho Mello (PL). O diálogo e as articulações políticas passaram a ter identidade na gestão que até o ano passado era centralizada quase e unicamente na figura do governador. A Casa Civil, que é “o rim do governo, pois filtra tudo”, conforme as palavras do próprio secretário, de fato passou a ter comando.
Kennedy, que é jornalista por formação, disse que escolheu a semana do Dia do Jornalista para dar início a encontros periódicos com a imprensa. Uma maneira de estreitar relações e atualizar informações com quem cumpre o papel de divulgar, analisar e comentar os passos do governo catarinense.
Alerta
Ao fazer um balanço das ações do Programa SC Levada a Sério, o secretário disse que a situação financeira de grande parte das prefeituras é preocupante.
“Os prefeitos que saíram foram irresponsáveis”, afirmou.
Outro alerta diz respeito à capacidade de gestão. Das 295 prefeituras, 203 representam novas gestões e 103 prefeitos nunca ocuparam um cargo público. A falta de experiência, agravada por questões financeiras, compromete a gestão em algumas cidades que não têm, por exemplo, qualificação técnica para elaboração de projetos e busca de licenças ambientais. Sem esses requisitos, não tem como efetuar repasse de recursos, garante Kennedy.
Olho no olho
Até o momento, o governador esteve com 146 prefeitos nas rodadas regionais do SC Levada a Sério. Amanhã o governo chega a Tubarão e na sequência a previsão é visitar as regiões de Jaraguá do Sul e Blumenau. A principal demanda das cidades diz respeito a equipamentos. Ao fazer uma análise regional, o secretário pontuou que no Alto Vale os prefeitos priorizaram questões financeiras. É o exemplo de Trombudo Central, que ainda se recupera dos danos provocados pela enchente de 2023. No Oeste, grande parte dos líderes dos executivos solicitou maquinários. No Norte, obras estruturantes e no Sul questões voltadas à Saúde e Educação.
Kennedy afirmou que a conversa ‘olho no olho’ com os prefeitos é fundamental para sentir as dores das cidades e conhecer de perto a realidade local, o que acaba facilitando o diálogo e o atendimento do governo aos municípios. Só que ao tratar das prioridades de Santa Catarina junto ao presidente Lula (PT), especificamente questionado sobre o Morro dos Cavalos, o secretário garante que o assunto já é de conhecimento do governo federal e que o Estado está fazendo a sua parte. Um encontro de Jorginho com o Lula para tratar dessa pauta não deve acontecer.
Passou da hora
Por outro lado, a bancada regional sul na Alesc anunciou que vai solicitar uma audiência com o presidente e com o ministro dos Transporte e apresentará uma moção apelando por uma solução imediata do trecho da BR-101, em Palhoça. Passou da hora de Santa Catarina unir esforços e esquecer diferenças partidárias para cobrar de Brasília o mínimo de prioridades que o Estado precisa. Se a audiência se concretizar os agentes políticos catarinenses, incluindo o governador, devem e precisam estar presentes.
Estrada Boa Rural
Na segunda quinzena de maio, o governo deve lançar o Programa Estrada Boa Rural que vai contemplar vias vicinais nos municípios, ou seja, estradas que ligam localidades vizinhas e aguardam por asfalto. São demandas comuns em diversas cidades que geralmente necessitam do asfalto para facilitar o deslocamento dos trabalhadores e o acesso, principalmente, a áreas agrícolas.
Novo adjunto
O jornalista Nathan Neumann foi convidado pelo governador para assumir como adjunto da Comunicação. Ele substitui João Paulo Gomes Vieira, que voltou para a iniciativa privada com atuação destacada no mercado publicitário nacional.
Saneamento
O projeto que cria um novo modelo de saneamento básico no estado, e que foi retirado de pauta na Alesc, no final do ano passado, está sendo rediscutido. Desta vez, o governo faz o caminho inverso, tratando primeiro com quem de fato será afetado pela mudança: as cidades. Com o prefeito da Capital, Topázio Neto (PSD), à frente da Fecam, a entidade ganhou protagonismo junto ao executivo estadual e passou a participar ativamente das discussões. Kennedy admite que a forma como o projeto foi enviado ao parlamento no ano passado foi um erro.
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