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Relatório

Jair Bolsonaro será indiciado na CPI da Covid, diz Renan

"Com certeza, será (indiciado). Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório", disse o relator.

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta terça-feira (5), que, “com certeza”, o parecer final pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Com certeza, será (indiciado). Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele com certeza será, sim, pelo o que praticou”, disse o relator a jornalistas, antes do início da sessão. Bolsonaro, porém, terá companhia no relatório: “o presidente da República, os ministros, aquelas pessoas que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio, e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público e na roubalheira. Essas pessoas serão responsabilizadas, nós utilizaremos os tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade”, listou Renan.

Nesta terça-feira, a CPI está inquirindo o sócio administrador da empresa VTCLog Raimundo Nonato Brasil. Ele foi convocado para depôr por causa dos contratos que a empresa mantém com órgãos do Governo Federal, em especial, o Ministério da Saúde. A suspeita é que a empresa, especializada em logística, ganhou muito dinheiro sem se submeter a licitações. 

“Nós estamos na reta final. Já descobrimos muita coisa com relação à VTCLog, à retirada no caixa de dinheiro oriundo de contratos em saques grandes, feitos de uma maneira nunca vista. Já descobrimos para onde iria o restante desse dinheiro. O TCU já suspendeu o aditivo, nós precisamos apenas amarrar as pontas sabendo para quem esse dinheiro foi”, detalhou o relator.

Ele informou ainda que a CPI da Covid não vai chamar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para prestar novo depoimento.

O relatório será lido no próximo 19 de outubro e votado no dia seguinte. Depois disso, o texto será encaminhado ao Ministério Público, que analisará o documento e decidirá pelo indiciamento das pessoas citadas. Segundo Renan, haverá o pedido de indiciamento de, ao menos, 30 pessoas.


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