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segue internado

Estado de saúde de Bolsonaro evolui com tratamento clínico

Presidente está internado com obstrução intestinal em São Paulo, sem previsão de alta

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Marcos Corrêa/PR

A equipe médica que trata Jair Bolsonaro em hospital de São Paulo, divulgou no final da manhã desta quinta-feira (15), boletim médico sobre o estado de saúde do presidente da República.

“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, segue internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, evoluindo de forma satisfatória clínico e laboratorialmente. Permanece o planejamento terapêutico previamente estabelecido. O Presidente segue sem previsão de alta hospitalar”, diz o boletim.

O presidente está internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde a noite de quarta-feira (14) depois de sentir dores abdominais na madrugada no Palácio do Alvorada.

Entenda a suboclusão intestinal que acomete Bolsonaro

A suboclusão intestinal que levou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a ser internado no Hospital das Forças Armadas (HFA) na madruga de quarta-feira (14) e, depois, transferido para o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde permanece em tratamento, consiste em uma obstrução parcial do órgão, o que pode provocar distensão do abdômen e refluxo por causa do acúmulo de alimentos e/ou gases impossibilitados de passar normalmente pelo instestino.

Segundo médicos ouvidos pelo SBT News, ela é provocada por aderências, torções ou hérnias internas que surgem em decorrência de cirurgias prévias, inflamação ou tumor, por exemplo. Dessa forma, no caso de Bolsonaro, está relacionada com os procedimentos cirúrgicos aos quais o presidente foi submetido após a facada que sofreu, em 2018, em Juiz de Fora (MG).

Nas palavras do cirurgião do aparelho digestivo e diretor do Hospital San Gennaro — na capital paulista –, Luiz Castro, “qualquer indivíduo que é submetido a uma cirurgia abdominal pode ter no pós-operatório, para o resto da vida dele, aderências no intestino”. “No caso do presidente Jair Bolsonaro é mais grave porque havia presença de líquido do intestino dentro da barriga, que são fezes. Então é uma cirurgia muito delicada e que provoca muitas aderências”, completou. Em situações extremas de obstrução intestinal, acrescenta ele, o indivíduo pode inclusive vir a vomitar fezes.

Bolsonaro, porém, deu entrada no HFA devido a desconforto abdominal e a um quadro de soluço persistente. De acordo com Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista integrante da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), a suboclusão intestinal traz esses sintomas devido ao fato de o intestino não funcionar corretamente; a distenção ocasionada pelo acúmulo de alimentos e/ou gases pressiona o diafragma — músculo entre o tórax e o abdómen –, enquanto o refluxo inflama o esôfago.

Tanto Luiz como Eduardo afirmam que o tratamento dsa suboclusões dependem da gravidade da situação. “Elas podem ser tratadas de forma clínica, com lavagem no intestino, com sonda no nariz para ir para o estômago tirar esse líquido para ele não vomitar e esvaziar a presão que existe dentro do intestino”, diz o diretor do Hospital San Gennaro.

“Esvaziando a pressão, muitas vezes essa aderência permite que o intestino volte a funcionar normalmente. Aí o indivíduo não é operado. Mas, se dobrar, ele tem que ser operado porque, senão, ele corre o risco de ter uma complicação maior e perder partes do intestino”, acrescenta. Para ele, suboclusão intestinal é “bastante preocupante porque pode ser de resolução sem uma cirurgia e pode evoluir rapidamente, em horas, para um tratamento cirúrgico de urgência, aonde você tem a necrose, que é a morte de um tecido que ficou dobrado, e aí ter que ressecar a parte do intestino”.

Um comunicado emitido pelo hospital Vila Nova Star na noite de 4ª feira disse que o presidente “permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador”. De acordo com Eduardo, isso signfica aplicação de medicações, inclusive para diminuir a inflamação do instestino, se houver, e por vezes antibióticos para evitar infecção. “Você entra com medidas para ajudar a motilidade digestiva, então você entra com medicações, é passada uma sonda no nariz, no sentido de você aliviar esse quadro de obstrução, de tudo aquilo que está parado”. O médico afirma ainda que nas proximas 12 a 48 horas, Bolsonaro deverá realizar uma série de exames para avaliar os efeitos das medidas e permitir aos profissionais chegarem à conclusão de se será ou não necessária uma cirurgia.


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