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Saúde

Médicos alertam para a prevenção da osteoporose, doença silenciosa que aumenta o risco de fraturas

O dia 20 de outubro é lembrado como o Dia Mundial da Osteoporose. Estima-se que 10 milhões de pessoas tenham a doença no Brasil

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Nattanan Kanchanaprat por Pixabay
Foto: Nattanan Kanchanaprat por Pixabay

Geralmente associamos algum problema de saúde com a presença de dor. Porém, diferente das demais doenças reumatológicas, a osteoporose é silenciosa e na maioria dos casos a dor só aparece quando provavelmente há uma fratura. Para alertar sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce, a Sociedade Britânica de Osteoporose, estabeleceu, em 1996, o dia 20 de outubro como o Dia Mundial da Osteoporose. 

“Justamente por ser uma doença silenciosa é que merece muita informação. As pessoas precisam conhecer as causas que levam à osteoporose e entender que há muitas formas de prevenir e tratá-la”, destaca a presidente da Sociedade Catarinense de Reumatologia (SCR), Dra. Juliane Aline Paupitz. Ao longo deste mês, a SCR,  junto com seus médicos especialistas, apostam em ações de informação e conscientização para chamar a atenção das pessoas sobre a doença. 

O que é a osteoporose?

Vale lembrar que a osteoporose – que surge em função da perda óssea que aumenta com o envelhecimento, falta de cálcio, diminuição de alguns hormônios e maus hábitos – torna o osso mais poroso, frágil e com maior risco de fratura. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros sofrem da doença. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), traz um dado bem importante, 1 em cada 3 mulheres acima de 50 anos sofrerá alguma fratura devido à osteoporose. Ainda de acordo com a OMS, aproximadamente 30% das pessoas com mais de 65 anos sofrem quedas e 20% morrem no período de um ano depois de fraturar o quadril.

No geral, 61% das fraturas osteoporóticas ocorrem em mulheres. Em 2050, a incidência mundial de fratura de quadril em homens deverá aumentar em 310% e 240% em mulheres, em comparação com as taxas da década de 1990, isso devido ao aumento de população e os hábitos, sem contar que historicamente o homem frequente menos o médico do que as mulheres. Os poucos estudos realizados em homens no Brasil mostram que a prevalência de osteoporose na população masculina com mais de 65 anos é em torno de 15%, enquanto que a prevalência de fraturas fica entre 12 e 20%.

É possível prevenir a Osteoporose?

Segundo a Dra. Juliane Aline Paupitz, a osteoporose pode ser evitada com hábitos saudáveis como exercícios físicos, boa ingestão de cálcio através da alimentação  e a exposição diária ao sol, por, pelo menos, 15 minutos ao dia.

“A perda óssea inicia-se após os 30 anos de idade, então além desses hábitos sugeridos para evitar o surgimento da osteoporose, é importante visitas regulares ao médico reumatologista, já que a doença é silenciosa”, explica a reumatologista.

Conjunto de fatores que influenciam e favorecem o desenvolvimento da doença:

1. Menopausa: com a interrupção da menstruação, ocorre diminuição dos níveis de estrógeno (hormônio feminino), que é fundamental para manter a massa óssea.

2. Envelhecimento: a perda de massa óssea aumenta com a idade.

3. Hereditariedade: a osteoporose é mais frequente em pessoas com antecedentes familiares da doença.

4. Dieta pobre em cálcio: o cálcio é fundamental na formação óssea. Sua obtenção a partir da alimentação é imprescindível para prevenir a osteoporose.

5. Excesso de fumo e álcool: tem-se observado maior incidência de osteoporose entre as pessoas que consomem álcool e fumo em excesso.

6. Imobilização prolongada: o exercício físico constitui um importante estímulo para a formação e o fortalecimento dos ossos. Grandes períodos de imobilização e a falta de exercícios podem levar à osteoporose.

7. Medicamentos: alguns medicamentos, como os corticóides, em tratamentos de longa duração, favorecem a redução da massa.

Diagnóstico e tratamento

De acordo com a reumatologista e membro da SCR, Kathleen Daniotti o diagnóstico da osteoporose deve ser feito através do exame de Densitometria Óssea. A alimentação do paciente deve ser criteriosamente avaliada, especialmente em relação à ingestão de cálcio.

“O leite, o queijo, o iogurte, a coalhada, a ricota são alimentos ricos em cálcio e fundamentais para que tenhamos uma dieta adequada. No tratamento, os medicamentos também são necessários,  pois impedem que a progressão da perda óssea se mantenha, já que esta perda é natural”, explica a reumatologista.

A médica ainda enfatiza que é necessário  ter muito cuidado com as quedas domésticas, principalmente no banheiro, local com maior registro de acidentes, já que pisos molhados, escorregadios e objetos no chão potencializam os riscos. “É importante lembrar que os bons resultados no tratamento são de responsabilidade dos profissionais envolvidos, mas também do paciente e de seu familiar”, complementa.

Diante de todas essas informações e o fato da osteoporose ser silenciosa e que recebe pouca atenção até que surja uma fratura óssea no paciente, o Dia Mundial da Osteoporose, neste Dia 20 de outubro, serve para reforçar a importância de visitar o médico reumatologista, mesmo que de forma preventiva. No site da Sociedade Catarinense de Reumatologista é possível consultar o médico mais próximo.

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