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Maioria das micro e pequenas empresas ainda opta pela gestão manual

Pesquisa do Sebrae mostra que 43% dos gestores utilizam cadernos e folhas de papel na administração de seus negócios

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Apesar de mostrar considerável avanço nos últimos anos, os dados sobre gestão digital em micro e pequenos negócios no Brasil mostram que a maioria dos empreendedores recorre a sistemas manuais para gerir suas empresas. Segundo levantamento do Sebrae, 43% dos negócios ainda fazem a gestão financeira em cadernos ou folhas de papel, enquanto apenas 27% usam sistemas como Excel. Em Santa Catarina, apenas 34% dos empreendedores têm um software específico para a função, sendo o terceiro estado do país com melhor índice, atrás apenas de São Paulo e do Paraná, com 35% de adesão.

Os dados mostram que, mesmo tendo acesso, muitos empreendedores de micro ou pequenos negócios não conhecem ou até mesmo optam por não usarem sistemas de gestão. Custo adicional, receio de não saberem utilizar sistemas para este fim ou até mesmo falta de confiança na eficácia da gestão feita digitalmente são alguns dos fatores apontados como dificultadores do processo de adesão.

“Geralmente a abertura de pequenos negócios é motivada por alguma demanda local pontual e/ou necessidade de empreender para suprir as necessidades financeiras pessoais”, analisa Wagner Muller, CEO da Compufour, empresa catarinense de tecnologia que atende justamente à gestão de micros e pequenos negócios.  Para ele, esse modelo de abertura tende a deixar o planejamento de lado porque os empreendedores entendem terem o negócio “em sua cabeça”. “Infelizmente acompanhamos uma quebradeira geral de empresas acostumadas a trabalhar sem um mínimo de gestão e/ou planejamento, no fio da navalha”, completa.

Para Muller, programas de capacitação não apenas sobre o uso de sistemas para PMEs, mas também que ressaltem a importância da gestão, são possibilidades que devem aumentar o interesse pelo uso do digital. Outra iniciativa seria expandir o acesso às soluções em cidades do interior, nas quais o índice de adesões aos sistemas digitais é menor. “Atualmente possuímos parceiros espalhados por todo o Brasil que nos ajudam, não só na distribuição de nossas soluções, mas também dar todo o apoio e orientação necessária para utilizá-las da melhor forma. Entendemos que o cunho educativo é tão ou mais importante que as ferramentas em si”, explica Muller.

Mobile também pode ser solução

Hoje, o celular já é uma ferramenta de vendas para grande parte dos negócios. “Temos muitos pequenos comerciantes que usam o Instagram e o Whatsapp para vender seus produtos, mas não possuem nenhuma forma digital de gestão. Então pensamos em uma alternativa que oferecesse a possibilidade de gerenciamento ali mesmo, pelo celular, que já está presente no dia a dia deles”, comenta Guilherme Hernandez, CEO da Kyte.

A startup oferece um aplicativo de vendas e gestão para autônomos e pequenos comerciantes com recursos como cadastro de produtos e de clientes, controle de estoque, gestão de pedidos, emissão de recibos, catálogo online e até venda no fiado. “Acreditamos que a digitalização do pequeno negócio começa com uma ferramenta simples e prática, que traga para o digital recursos que atendam às suas características específicas”, completa.

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