Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

China vai puxar o barco que carrega a proteína animal

Segundo o banco holandês Rabobank, a projeção para a venda de carne de boi é de mais um ano positivo em 2021.

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Foto: Flavia Maria de Oliveira/ Arquivo /  Divulgação
Foto: Flavia Maria de Oliveira/ Arquivo / Divulgação

Com a alta demanda por carnes, a China continua ditando o ritmo das exportações brasileiras. Segundo o banco holandês Rabobank, a projeção para a venda de carne de boi é de mais um ano positivo em 2021. De acordo com a equipe de mercado do banco, a produção deverá alcançar 10,4 milhões de toneladas, com quase 03 milhões só pra exportação. Claro, esse avanço vai depender muito do cenário em relação da COVID-19, se a pandemia vai estar sob controle ou não, porque um novo lockdown por lá atrapalharia as vendas.

Não podemos esquecer que os chineses são fortes compradores de carne suína também. Pelos cálculos do Rabobank, a produção nacional deve aumentar de 4,1 milhões de toneladas em 2020, para 4,2 milhões no ano que vem. E as exportações devem ficar em torno de 1,2 milhões de toneladas. Só a China, incluindo aí Hong Kong, teve uma participação de 67% nas compras, onde de janeiro a outubro, graças essa dupla, a receita brasileira cresceu 50%. E um reflexo disso é Santa Catarina. O estado teve recorde de venda, com US$ 01 bilhão em receitas.

Outro fator que pode ajudar a cadeia de suínos é que a Alemanha também precisou readequar o seu mercado em função de focos de peste suína por lá. Com isso as vendas da Alemanha para a China estão suspensas temporariamente. 

Cenário para o segmento de frangos

Já no segmento de frangos, o Rabobank está vendo um cenário de estabilidade para 2021. O banco estima que a produção brasileira deva crescer algo em torno de 01%, com 13,827 milhões de toneladas. Desse total 3,926 milhões vão para o mercado externo.

O banco lembra que a Arábia Saudita, que historicamente liderava as importações de frango do Brasil, vem reduzindo as compras para cumprir as metas de autossuficiência do governo até 2025. O objetivo dos árabes é que a produção doméstica cubra em até 80% o consumo local. Hoje não chega a 60%.

Bom, mas se o mercado externo para o frango não deve ser tão atraente, o mercado interno deve se manter aquecido. O frango é a proteína animal mais consumido no país, em boa parte pelo preço acessível. No entanto, a alta nos preços dos grãos, que são usados na fabricação das rações, podem pressionar a rentabilidade dos frigoríficos e isso não é bom para o mercado.

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