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Três catarinenses são finalistas em prêmio nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; veja quem são

Três catarinenses são finalistas no Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Professor Francisco Romeu Landi.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação | CONFAP
Foto: Divulgação | CONFAP

Dos 18 finalistas do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Professor Francisco Romeu Landi, que estão divididos em seis categorias, três são representantes de Santa Catarina. O resultado final será conhecido nesta quinta-feira, 9, durante uma cerimônia de premiação em Foz do Iguaçu-PR, a partir das 10h, com transmissão pelo YouTube da instituição.
O Prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), com patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI). Será concedido a pesquisadores(as) que tenham se destacado em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados produziram conhecimento e beneficiaram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento e o bem-estar da população brasileira. Também será dado a profissionais de comunicação que, por meio do jornalismo científico, contribuíram para a aproximação entre a CTI e a sociedade.
O Prêmio foi dividido em duas etapas: Estadual e Nacional. Entre os meses de junho a outubro, as FAPs realizaram as etapas estaduais em formatos próprios para seleção dos candidatos(as) em cada categoria/subcategoria, para concorrerem à Etapa Nacional. Cada FAP indicou um(a) candidato(a) em cada categoria/subcategoria para a Etapa Nacional do Prêmio Confap.
Os representantes catarinenses foram indicados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) por meio de um edital voltado às instituições catarinenses. Dos seis selecionados em Santa Catarina, três tornaram-se finalistas: Felipe Dal Pizzol, da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), na categoria Pesquisador Destaque – Ciências Exatas; Aloisio Nelmo Klein, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na categoria Pesquisador Destaque – Ciências da Vida; e Eonir Teresinha Malgaresi, jornalista da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), na categoria Profissionais de Comunicação.
“O prêmio é extremamente relevante para cada um dos estados da federação e para o Confap. Nosso objetivo é reconhecer aqueles profissionais que trabalham e que fazem a diferença através das suas ações em prol do ecossistema de CTI”, afirmou o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen. “A Fapesc está muito orgulhosa com os representantes do Estado de Santa Catarina, que foram e que competiram na etapa nacional. Dos nossos seis representantes, três deles estão entre os finalistas. Para nós é motivo de muito orgulho e alegria poder comemorar com nossos pesquisadores e profissionais que atuam na área da CTI. Estamos torcendo pelas conquistas que trarão para Santa Catarina.”

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Conheça um resumo da trajetória dos pesquisadores:

Foto: Divulgação | Acervo Pessoal

Felipe Dal Pizzol

Finalista da categoria Pesquisador(a) Destaque – Ciências da Vida (Ciências Biológicas, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde)

Felipe Dal Pizzol é professor do Curso de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da mesma universidade. Além da trajetória de pesquisa e ensino, tem ganhado destaque no combate à Covid-19.
“Ser indicado pelo Estado foi uma honra muito grande, um reconhecimento muito importante para o pesquisador. Mas que reflete todas as pessoas que trabalham duro e que fizeram parte da construção da minha carreira de pesquisa. É um conjunto de pessoas que está representado nesta indicação”, afirmou Dal Pizzol. “Mas claro que, do ponto de vista individual, é um reconhecimento importante e um incentivo para continuar nesta carreira que é tão desafiante e difícil no país. Independentemente do resultado final, já me sinto satisfeito e orgulhoso.”
Com experiência em Medicina Intensiva e Pneumologia, o professor fez parte do grupo de dez profissionais do país envolvidos na elaboração das “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Covid-19”, material que reunia, a partir das principais evidências que se tinha na época, as recomendações para colaborar no trabalho de profissionais de saúde no enfrentamento à pandemia. Também é membro da Coalizão Covid Brasil, grupo de pesquisas para avaliar a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo Sars-CoV-2.
Dal Pizzol também está entre os pesquisadores mais influentes da América Latina segundo o AD Scientific Index, sistema de aferição do potencial de pesquisadores de todo o mundo. Ele ficou na 102º colocação entre os pesquisadores brasileiros e na 138º entre os latino- americanos.
Além de ter atuado na linha de frente no atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o professor teve um estudo aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Intitulado como “Estudo prospectivo e multicêntrico dos fatores preditivos de mortalidade hospitalar e carga de doença da Síndrome Respiratória Aguda Grave”, o projeto foi liderado por Dal Pizzol e se enquadrou na linha de pesquisa “carga da doença”. A Fapesc concedeu bolsas no âmbito deste edital.
A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta salientou a referência do trabalho de Dal Pizzol. “A Unesc ao longo dos anos tem investido em ciência e pesquisa como uma das importantes estratégias para promover o desenvolvimento e melhorar a vida das pessoas, e tem, por isso, grandes pesquisadores. Na área de ciências da vida, o professor Felipe é nossa maior referência. Um exemplo de ser humano e de médico além deste imponente talento na pesquisa e na docência. Temos muito orgulho de tê-lo em nossa Unesc e somos muito gratos a ele, pelo tanto que contribui com nossa Universidade, estado e país. Talento reconhecido internacionalmente que tanto produz para o cuidado da vida”.

Foto: Divulgação | Acervo Pessoal

Aloisio Nelmo Klein


Finalistas da categoria Pesquisador(a) Destaque – Ciências Exatas (Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Tecnologia)

Professor titular no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Aloisio Nelmo Klein foi um dos fundadores do curso de Engenharia de Materiais e do programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais e é um dos líderes do Laboratório de Materiais (LabMat), centro científico pioneiro e um dos pólos do desenvolvimento científico e tecnológico na área, no Brasil. “O Brasil demanda a solução de problemas que já estão à prova. O que fiz, ao longo desses anos, foi pensar em fazer algo que pudesse contribuir com o mundo”.
O professor ficou honrado em ser finalista do prêmio. “Considero muito importante sim termos três pessoas de Santa Catarina na etapa final nacional, o que mostra que o nosso estado se destaca bastante na área de pesquisa. Me sinto também muito honrado por estar neste grupo que representa o Estado e, em especial, por estar representando a UFSC e o nosso Departamento de Engenharia Mecânica e área de Materiais”.
A metalurgia do pó e a tecnologia de plasma foram duas das frentes de trabalho que o colocaram na vanguarda da inovação. Com a investigação de materiais sinterizados porosos, construiu dois produtos patenteados, com uma dessas patentes já concedida nos Estados Unidos. O pesquisador também investiga as novas técnicas de processamento assistidas por plasma e o desenvolvimento de reatores de plasma – área em que o Laboratório de Materiais da UFSC se destaca como centro de excelência. Essa tecnologia é responsável por uma série de processos físico-químicos que beneficiam diretamente a indústria de materiais.
Ao longo da sua carreira na UFSC e à frente do LabMat, Klein também coordenou uma série de projetos aprovados em concorrência para a obtenção de recursos nos editais das agências de fomento. A soma chega a R$ 70 milhões, somente nos últimos 20 anos.
O professor da UFSC foi responsável por um total de 142 cartas de patentes, no exterior e também no Brasil, que resultaram em 22 famílias de patentes de invenção, com pedidos de deposição em 11 países distintos. Em torno de 40 % destes pedidos ainda estão em fase de análise e algumas dessas patentes já caíram em domínio público.

Foto: Divulgação | Acervo Pessoal

Eonir Teresinha Malgaresi


Finalista da categoria Profissional de Comunicação

Eonir Teresinha Malgaresi, jornalista da TV da Epagri, trabalha há 36 anos em programas voltados para a comunicação rural. “É uma alegria muito grande e uma honra participar deste prêmio nacional que valoriza a ciência, a tecnologia e a inovação. Porque eu, em toda minha carreira profissional, sempre trabalhei com jornalismo científico, com a promoção da pesquisa agropecuária, da extensão rural de Santa Catarina.”
Malgaresi começou a atuar como extensionista em 1979, na Acaresc – empresa que em 1991 se uniu à Empasc para criação da Epagri. Em 1985 passou a atuar como repórter do programa Campo e Lavoura, produzido pela Acaresc e veiculado para todo o Estado pela RBS TV. Em 2001, concluiu o curso de Jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e, em 2003, tornou-se especialista em Jornalismo Empreendedor.
A jornalista produziu mais de 2.500 reportagens, dentre os mais de 10 mil vídeos que fazem parte do acervo da Epagri em seus 40 anos de televisão rural.
Atualmente, faz parte da equipe que produz o programa de televisão SC Agricultura, transmitido em rede nacional pelo Canal Terra Viva e outros 22 canais de TV a cabo. O programa também está disponível no YouTube, em canal com 220 mil inscritos e mais de 27 milhões de visualizações, firmando-se como um dos mais conhecidos e populares do segmento.Confira três reportagens realizadas pela jornalista, com foco, respectivamente, em pesquisa, tecnologia e inovação: Produção de hortaliças em abrigos de cultivo; Carneiro hidráulico: montagem e instalação; Citros: plantas anãs. Juntas, as matérias têm mais de três milhões de visualizações no YouTube. “Na televisão rural da Epagri nós sempre buscamos levar ao público, à sociedade, em especial às famílias de agricultores e pescadores, o que existe de inovação e tecnologia que pode ajudar na melhoria da qualidade de vida deles”, avalia a jornalista. “Com acesso a essas informações é possível interferir no sistema produtivo, diminuindo custos de produção, humanizando o trabalho, gerando maior renda, maior qualidade de vida no campo e no mar. A promoção da ciência, da pesquisa e da tecnologia sempre foi prioridade no nosso trabalho de comunicação rural”.
Clique aqui para ler a reportagem publicada no portal da Epagri


*Com informações da Agecom da UFSC, da Agecom da Unesc e da Comunicação da Epagri.

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