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Investigado

Após denúncia por assédio, presidente da Caixa diz ter vida ‘pautada pela ética’

A investigação iniciou após denúncias de funcionárias do banco

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: reprodução/CEF
Foto: reprodução/CEF

Um dia após a repercussão de denúncias de assédio sexual contra funcionárias, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães fez um discurso ignorando as denúncias abertas contra ele. Nesta quarta-feira (29), em um evento da Caixa sobre Plano Safra, na sede da Caixa Cultural em Brasília, ele falou sobre a família e afirmou ter uma vida “pautada pela ética”, sem citar diretamente as denúncias.

Na abertura, agradeceu a presença da esposa Manuella Pinheiro Guimarães. 

“Quero agradecer a presença de todos vocês, minha esposa, de uma maneira muito clara, são quase 20 anos juntos, dois filhos, e uma vida inteira pautada pela ética”, afirmou. Veja em vídeo:

Pedro Guimarães está sob investigação sigilosa do Ministério Público Federal (MPF). O processo foi aberto após denúncias de funcionárias do banco que trabalham ou já trabalharam sob a gestão de Guimarães. As mulheres o acusam de assédio sexual, principalmente durante viagens de trabalho, conforme reportagem publicada pelo portal Metrópoles. Há uma expectativa de que o atual presidente da Caixa deixe o cargo ainda nesta quarta-feira (29). 

A mais cotada para assumir a função é a atual secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques. Ela é considerada braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi assessora especial na pasta desde o início da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Daniella assumiu o comando da secretaria especial de Produtividade em fevereiro deste ano.

Manifestação 

Na quarta-feira (29) um grupo de pessoas se reuniu em frente a sede da Caixa, em Brasília, pedindo providências sobre o caso. A manifestação foi organizada pelo sindicato dos trabalhadores e pediu a “saída urgente” de Pedro Guimarães do cargo. O movimento, que contava com cerca de 30 mulheres na linha de frente, usou palavras de ordem: “não calaremos” e “fora presidente”. Elas fizeram discursos contra o gestor e entregaram flores a funcionárias que entravam ou saíam do prédio.

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