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Lendas do sul

The Ocean Race 2023: duas equipes já passaram pelo Cabo Horn

Local, no extremo sul da América Latina, é considerado um dos mais difíceis da corrida devido à força do vento e das ondas gigantes

• Atualizado

Redação

Por Redação

Antoine Auriol | Via: Prefeitura de Itajaí | Divulgação
Antoine Auriol | Via: Prefeitura de Itajaí | Divulgação

As equipes Malizia (ALE) e Holcim-PRB (SUI) foram as duas primeiras a passar pelo Cabo Horn nesta segunda-feira (27) e se aproximam da reta final da terceira etapa da The Ocean Race 2023. A equipe do capitão Boris Herrmann (Malizia) cruzou o ponto mais extremo da América do Sul, considerado um dos locais mais difíceis da corrida, com uma vantagem de 20 milhas do time Holcim, liderado por Kevin Escoffier. A previsão é que os barcos cheguem a Itajaí no começo de abril.

As equipes da Biotherm e 11th Hour Racing Team foram prejudicadas pelas condições de luz nas últimas 12 horas. A expectativa é que ambas realizem a travessia do Cabo Horn nesta terça-feira (28), pois estão a 250 milhas náuticas de distância do contorno da América do Sul.

Susto no Team Malizia

O Team Malizia passou por diversos obstáculos antes de ficar na primeira colocação nesta terceira etapa. Nos primeiros dias, a equipe pensou em retornar para a Cidade do Cabo, na África do Sul, devido a danos no mastro. O conserto acabou sendo feito em alto mar. Agora, ao se aproximar do Cabo Horn, a co-capitã Rosalin Kuiper sofreu um ferimento enquanto a equipe navegava no domingo (26).

Ela caiu do local em que estava dormindo no momento em que o barco virou e bateu em uma forte onda. Rosalin teve um corte acima da sobrancelha direita, mas não perdeu a consciência e foi atendida rapidamente pela tripulação.

“Vou superar isso, pareço a pirata Rosie agora. A batida (no barco) foi muito ruim, mas acho que vou ficar bem. Estou descansando e os meninos estão cuidando muito bem de mim”, declarou Kuiper em uma mensagem.

Apesar do susto, a equipe conseguiu se juntar às ‘lendas do sul’ como vencedores do Troféu Roaring Forties – concedido pela passagem mais rápida entre o Cabo da Boa Esperança, na África, e o Cabo Horn no Sul América. A equipe do Malizia conquistou o título de cabo a cabo em 27 dias, 17 horas e 31 minutos.

Will Haris

“O Cabo Horn guarda muitas lembranças para mim e cruzar esta linha em primeiro significa mais do que vencer a etapa, não em termos de pontos, mas em significado. Estou orgulhoso da equipe e deste barco. O Imoca realmente provou seu valor no Oceano Antártico e mostrou o quão forte ele é”, comentou o capitão do Malizia, Boris Herrmann, após sua quinta passagem pelo Cabo Horn.

A disputa entre os alemães do Malizia e os suíços do Holcim-PRB promete ser ainda mais acirrada na reta final até Itajaí. 

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