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Futuro do rádio

“O digital não é mais o futuro, é o presente”: jornalistas falam sobre o futuro do rádio

Público foi colocado como peça central decisões a serem tomadas pelas emissoras.

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Foto: Acaert | Divulgação
Foto: Acaert | Divulgação

Nesta terça-feira (24), último dia do 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão, promovido pela ACAERT, iniciou com o painel “O Futuro da Programação do Rádio”, com os jornalistas Vlamir Marques e Cristiano Stuani, da Massa FM. Durante a palestra, os jornalistas discutiram a importância das rádios escutarem seu público e a necessidade que as radiofusões se transformem em multiplataformas.

Os palestrantes iniciaram o painel colocando o público como centro das decisões a serem tomadas pelas emissoras. “O programa vai se transformando na medida que o público se modifica. Precisamos nos posicionar para atingir todo o público que queremos atingir”, afirmou Marques sobre a organização da programação, que para o jornalista precisa ser bem feita e focada no público que acompanha a emissora.

“Qual o futuro do rádio?”

“O digital não é mais o futuro, é o presente”, afirmou Stuani de forma categórica. “O futuro das programações de rádio se encaminha para conteúdo, com programas, e não apenas música (…) Quem fizer bem feito continuará, quem não fizer bem feito não terá espaço”, contribuiu Marques. Para Stuani o desafio atual do segmento é avançar para outras plataformas, para assim atingir outros públicos.

Interações no WhatsApp e os cadastros realizados por ouvintes em promoções foram indicados como pontos centrais para que as rádios locais identifiquem “o recado” dado pelos ouvintes. “Vamos enxergar o futuro da programação a partir do que o público nos comunica. E o público nos fornece insights diariamente. Basta entender o recado e fazer”, conclui Stuani.

“Nosso mindset é pensar a rádio como multiplataforma”, afirma Beto Amaral

Inovar na maneira de fazer rádio e as novidades apresentadas no NAB Show também foram destaques no 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão. Roberto Dimas do Amaral, vice-presidente de produto do Sistema Catarinense de Comunicação (SCC), apresentou para os congressistas as experiência e inovações que a feira trouxe em 2022.

“Vimos a convergência das tecnologias e a diminuição de valor na operação, com custos mais baixos e ótima qualidade”, expôs o vice-presidente de produto do Grupo SCC. A possibilidade de operar rádio e televisão à distância foi abordada na palestra.

“Foi uma alegria voltar da feira animado com o rádio e com a TV. O evento nos mostrou que o rádio não vai morrer, mas que as novas plataformas e tecnologias precisam convergir e se adaptar. O rádio precisa ser multiplataforma e ubíquo”, destaca Amaral.

Três plataformas do rádio

O rádio precisar ser “ar”, com programação dial, precisa ser digital, estar presente em site e redes sociais e focar na experiência do público. “O rádio precisa estar na rua, na experiência do ouvinte. Nosso mindset é pensar a rádio como multiplataforma. O grande pulo das rádios e TVs será a mídia programática”, expôs Amaral.

Para Amaral, o líder precisa querer inovar no negócio, caso contrário não será possível prosperar na organização. “A inovação está em tratar as três plataformas com a mesma relevância e com isso buscar dinheiro novo em locais ainda não explorados”, concluiu o vice-presidente.

O rádio está morrendo?

A pergunta balizou a palestra de Robson Ferri durante o painel. Para o comunicador, atualmente as ferramentas são completas, mas as equipes incompletas. “Não é o rádio que está se tornando obsoleto, são os profissionais”, também expôs a palestrante Carolina Sasse.

“Pessoas inspiradas, com mais ferramentas e mais criação darão resultados. É necessários que os profissionais tenham tesão em trabalhar”, disse Ferri. Para o palestrante o rádio está cansado de modelos exaustivamente utilizados. “Nosso negócio está em cheque, para agora ou nunca se transformar em um novo negócio”, concluiu Ferri.

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