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Já se formou! Pais levam bebê para aulas e colegas ‘adotam’ criança: “foi muita coragem”

O bebê começou a frequentar as aulas com os pais com 35 dias de vida

• Atualizado

Redação

Por Redação

Fotos: IFSC Câmpus Tubarão
Fotos: IFSC Câmpus Tubarão

Casados e pais de duas meninas, Tamara e Cléber Rafael tocavam uma empresa de coleta e logística em Tubarão, mas sentiam que precisavam conhecer mais a área para que o negócio crescesse. Foi quando ficaram sabendo do curso técnico em Logística do IFSC Câmpus Tubarão.

O curso gratuito, noturno e com duração de dois semestres. Parecia a oportunidade perfeita, se não fosse apenas um pequeno detalhe, que na época vivia na barriga da Tamara, estava na 39ª semana de gestação e já tinha nome: Noah Rafael. O pequeno nasceu e, com 35 dias, já frequentava as aulas junto com os pais.

“Porém, sabíamos o quanto seria importante esse curso conversamos e decidimos encarar o desafio”, diz Tamara, graduada em Marketing Digital e pós-graduada em Marketing.

No dia 11 de julho, Noah completou seu primeiro aninho. Um dos presentes, porém, vai receber no próximo dia 1º de setembro, na formatura da turma “Noah Rafael Pereira Albuquerque” do curso técnico em Logística. “O curso foi a virada de chave em muitas coisas, principalmente para o nosso trabalho”, resume Tamara.

“Começamos o curso em agosto, no inverno, foi muita coragem mesmo”, conta Tamara.

Bebê foi ‘adotado’ pela turma dos pais

Colegas, professores e servidores técnico-administrativos acolheram a família e passaram a ajudar a cuidar do bebê durante as aulas, se transformando na rede do apoio para o casal oriundo do Rio Grande do Sul.

Segundo a mamãe, o Noah foi um “aluno” muito comportado, mesmo tendo passado por algumas crises de cólica, já que foi diagnosticado com alergia à proteína do leite.

“Como mãe, como profissional, como esposa, como aluna, parecia que eu nunca ia dar conta de tudo, e dentro de mim sempre tinha uma sensação de que eu não estava dando conta. O Noah Rafael foi um guerreirinho, ficava quietinho nas aulas e isso que pegamos o período das cólicas, mas parece que ele sabia que estava ali. O pior foi que só conseguimos o diagnóstico de Alergia à Proteína do Leite de Vaca com quase cinco meses de idade. Ele sentia muita cólica e tinha umas reações alérgicas, mas mesmo assim aguentou firme, e na hora da aula ele dormia. Agora no finalzinho do curso que tivemos um pouco mais de trabalho, ele já queria gatinhar e andar por tudo. Os professores seguravam para que pudéssemos fazer os trabalhos”, relata.

Professora que atuou no curso, Julia de Medeiros destaca a experiência coletiva que foi, para a turma, ajudar a cuidar do bebê.

“Os colegas se engajaram bastante e se tornaram uma grande família. As aulas eram uma grande alegria. A gente brincava, descontraía e a aula fica até mais dinâmica”, lembra Julia, que também lembra a disposição do casal, que muitas vezes levava para o IFSC também as duas filhas, em aproveitar o curso da melhor forma possível.

“Todos os alunos foram muito dedicados e esforçados, mas é preciso abrir um parêntesis para essa família. Eles queriam realmente algo diferente, queriam aprender e buscar algo melhor para eles”, afirma.

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