Veja como ficou estação de trem em Porto Alegre após enchente

Mais de um mês após o início das enchentes no Rio Grande do Sul, o cenário na Estação Mercado da Trensurb, em Porto Alegre, ainda é de destruição e lama.

Nesta sexta-feira (14), equipes do SBT Rio Grande do Sul estiveram no local e relataram que o cheiro segue forte e que a principal mudança foi o escoamento da água que inundou o local.

Segundo apurado pelo SBT RS, não há previsão da reabertura da Estação Mercado.

Dando prosseguimento às drenagens e limpeza das estações da Trensurb, teve início, na quinta-feira (13), a drenagem da água acumulada na Estação Rodoviária da Trensurb, realizada com o apoio da Petrobras. Após a conclusão, na quarta-feira, da drenagem de 10,3 milhões de litros de água da Estação Mercado, os equipamentos e equipe cedidos pela estatal petrolífera foram deslocados para realizar o serviço na estação seguinte.

Na Estação Mercado, a limpeza, já iniciada com a retirada de parte do lixo dos acessos ao local, deverá ser retomada na sexta-feira com empresa especializada em limpeza profunda das estações inundadas, para retirada de todo o lodo e detritos. Já na Estação Rodoviária, após a conclusão da drenagem, além da limpeza do local, a Trensurb irá trabalhar em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre a fim de garantir a segurança e agilizar o processo de limpeza do túnel subterrâneo para trânsito de pedestres, que liga a estação do metrô à Rua da Conceição, esquina com Avenida Júlio de Castilhos.

Parceria com Porto Alegre

Essa parceria foi articulada em reunião da Direção da empresa com o prefeito Sebastião Melo, realizada na manhã de quinta-feira. No encontro, também foi definido que haverá um trabalho conjunto para a limpeza da casa de bombas da Trensurb, que faz a drenagem da via do metrô no trecho junto à confluência das avenidas Sertório e Voluntários da Pátria. Os equipamentos ficaram submersos e foram danificados durante a enchente. A partir de sua recuperação, haverá uma transição para que a estrutura passe para a gestão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) de Porto Alegre.

O diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, reforça que o diálogo é essencial para agilizar a retomada dos serviços: “Discutimos ações comuns no sentido de restabelecer a casa de bombas da bacia metroferroviária e também questões de drenagem e liberação do túnel para facilitar a passagem dos pedestres. Um trabalho em conjunto, possibilitando facilitar e agilizar todo esse processo”. Para o prefeito Sebastião Melo, “o funcionamento do metrô é essencial para a vida social e econômica da capital. A proposta é organizar uma governança colaborativa, dialogar e buscar soluções para restabelecer o mais rápido possível a operação dos trens na nossa cidade”.

Crescimento do número de passageiros

Na quinta-feira (13), a Trensurb obteve condições suficientes para ampliar a oferta da operação emergencial do metrô, reduzindo os intervalos entre viagens de 35 para 20 minutos e ampliando o horário de operação para das 6h às 21h – anteriormente, era até as 20h. Além disso, com o recolhimento dos trens que estavam na via para o pátio da empresa, foi eliminada a necessidade de transbordo na Estação Unisinos, de modo que os trens circulam em via dupla em todo o trajeto entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo.

Com essas mudanças, a empresa busca melhor atender a demanda de passageiros, que vem crescendo desde o início da operação dos Trilhos Humanitários da Trensurb, em 30 de maio. Desde então, já foram transportados 288,5 mil usuários.

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