Tempo Compartilhar
Estragos

Praia Grande e Frei Rogério foram atingidos por vendaval e microexplosão, diz Defesa Civil

Ambas as cidades sofreram grandes prejuízos no sábado (02) e domingo (03)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Fotos: Defesa Civil/Redes Sociais/Reprodução
Fotos: Defesa Civil/Redes Sociais/Reprodução

O primeiro final de semana de dezembro foi marcado por temporais em Santa Catarina. A combinação de calor, umidade e o processo de formação de uma frente fria favoreceram a formação destes sistemas tanto no sábado (02) quanto no domingo (03).

Segundo a Defesa Civil do Estado, em Praia Grande, no Litoral Sul, houve registro de diversos danos associados a passagem de uma intensa célula convectiva, conforme indicado na imagem do radar meteorológico de Lontras (Figura 01).

O intenso temporal atingiu a cidade por volta das 18h, provocando destelhamentos em casas e galpões e quebra de galhos e árvores. Através da análise conjunta dos danos reportados, das fotos e vídeos e das imagens de radar, a equipe de meteorologia da Defesa Civil de Santa Catarina classificou o evento como frente de rajada, conhecido popularmente como vendaval, e não um tornado como a Defesa Civil de Praia Grande havia dito.

Este fenômeno ocorre quando correntes descendentes que normalmente são observadas na dianteira de uma célula convectiva alcançam a superfície, fazendo com que o ar frio se expanda para os lados, ocasionando o fenômeno frente de rajada à medida que força o levantamento do ar quente à sua volta.

Figura 01: Imagem do radar meteorológico de Lontras, às 18h , campo de refletividade – CAPPI (dBZ) (imagem da esquerda), galpão parcialmente destelhado (imagem central) e quebra de galhos (imagem da direita)

No início da tarde de domingo (03), por volta das 12h, o município de Frei Rogério, no Meio-Oeste, também foi atingido por um intenso temporal. Foram reportados danos em uma área rural, onde diversas araucárias foram arrancadas.

Através das imagens do radar meteorológico de Chapecó foi possível identificar características de uma microexplosão. Este fenômeno ocorre quando uma nuvem de tempestade não consegue suportar o volume de água em seu interior e toda essa água cai de uma vez, causando uma forte corrente de vento para baixo (da nuvem em direção ao solo), concentrada em uma pequena área e gerando fortes rajadas de ventos em superfície.  

Figura 02: Imagem de uma araucária arrancada em Frei Rogério (imagem da esquerda) e Imagem do radar meteorológico de Chapecó, às 12h12 (hora local), produto SWI – Severe Weather Indicator (imagem da direita)

Outros produtos do radar de Chapecó também corroboram para a ocorrência do fenômeno, como os campos do produto VIL (Vertically Integrated Liquid), exibidos na Figura 03. Neste produto, há uma queda brusca na quantidade de água líquida do núcleo convectivo, indicando uma rápida descarga de água entre às 12h06 e 12h12, gerando fortes correntes descendentes de ar.

Figura 03: Imagem do radar meteorológico de Chapecó, produto VIL (Vertically Integrated Liquid), às 12h06 (imagem da esquerda) e às 12h12 (imagem da direita)

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no TwitterInstagram e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.