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CALOR

2024 deve ser o mais quente já registrado na história

Os efeitos das temperaturas elevadas já são visíveis

• Atualizado

Redação

Por Redação

2024 deve ser o mais quente já registrado na história. – Foto: Freepik/Reprodução
2024 deve ser o mais quente já registrado na história. – Foto: Freepik/Reprodução

O planeta segue registrando recordes alarmantes de calor. De acordo com o observatório europeu Copernicus, novembro de 2024 foi o segundo mais quente já registrado, com uma temperatura média de 14,10ºC – 1,62ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). Apenas novembro de 2023 superou a marca, com 14,22ºC.

A projeção do Copernicus é clara: há 99% de chance de 2024 ultrapassar 2023 e se consolidar como o ano mais quente da história.

Os efeitos das temperaturas elevadas já são visíveis. Regiões da América do Norte e do Sul, Rússia ocidental, Chifre da África e China enfrentaram secas severas.

Por outro lado, algumas áreas, como Ásia Central, partes do Brasil e Austrália, registraram chuvas acima da média.

No oceano, a temperatura média foi de 20,58°C, próxima ao recorde de 2023, e o gelo marinho da Antártida atingiu o menor nível histórico, ficando 10% abaixo da média para o mês.

Além disso, novembro foi o 16º mês, em um intervalo de 17 meses, em que a temperatura média global ultrapassou 1,5ºC em relação ao período pré-industrial – o limite mais crítico estipulado pelo Acordo de Paris.

A COP29 e a luta contra as mudanças climáticas

O relatório surge logo após a COP29, realizada no Azerbaijão, onde mais de 200 países concordaram em destinar US$ 300 bilhões anuais para combater as mudanças climáticas.

A meta é limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC até 2100, mas cientistas alertam que isso só será possível com cortes significativos nas emissões de gases de efeito estufa até 2030.

Caso o objetivo não seja alcançado, o planeta enfrentará eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. Ondas de calor severas, chuvas intensas, inundações e incêndios florestais são apenas algumas das consequências previstas.

O derretimento acelerado das geleiras poderá elevar o nível do mar, ameaçando cidades costeiras em todo o mundo.

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