Pé-de-Meia Licenciatura oferecerá bolsas de mais de R$ 500 para futuros educadores

Estudantes que usarem a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para cursar licenciaturas poderão receber bolsas mensais de mais de R$ 500 por meio do Programa Pé-de-Meia para Licenciaturas. O anúncio oficial será feito ainda em novembro, segundo o ministro da Educação, Camilo Santana.

A ideia é que as bolsas comecem a ser pagas em 2025. Os estudantes serão selecionados com base na nota do Enem, com o objetivo de atrair bons alunos para se tornarem futuros professores nas escolas brasileiras. O ministro destacou a necessidade de profissionais em áreas como matemática, física, química e biologia.

Embora o valor exato da bolsa ainda não tenha sido divulgado, Santana explicou que, assim como no Pé-de-Meia para o ensino médio, os estudantes receberão um valor que ficará guardado em uma poupança e poderão acessar ao concluir a formação. Ele afirmou que a proposta é estimular os alunos.

O Pé-de-Meia para Licenciaturas faz parte de uma série de ações do governo para valorizar os professores da educação básica. Além disso, o ministro planeja criar incentivos para os professores que já atuam nas escolas, semelhante ao programa Mais Médicos, que oferece vantagens para médicos em regiões com pouca assistência.

Santana ressaltou a importância de valorizar a profissão docente, mencionando que muitos não estão mais interessados em serem professores, não apenas por questões salariais, mas pela falta de reconhecimento. Ele destacou que é essencial criar uma cultura que valorize o papel do professor.

Pesquisas indicam que, devido ao desinteresse, o Brasil pode enfrentar uma escassez de professores, com uma previsão de falta de 235 mil docentes na educação básica até 2040. As ações anunciadas dependerão da disponibilidade orçamentária, e a quantidade de bolsas do Pé-de-Meia para Licenciaturas será definida com base no orçamento do próximo ano. O ministro garantiu que as políticas e programas em andamento não serão afetados por cortes no governo federal.

*Com informações de Agência Brasil

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