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Resíduos orgânicos

Minhoca na Cabeça: você já pensou em cultivar minhocas em sua casa?

A cada 500 minhocários doados, a meta da Prefeitura de Florianópolis é que seja realizado o desvio de 292 toneladas de orgânicos por ano

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação | Cristiano Andujar |  PMF
Foto: Divulgação | Cristiano Andujar | PMF

Você já pensou em cultivar minhocas em sua casa? O processo é simples, pode ser feito em casa e apartamentos e o impacto no meio ambiente e na quantidade de resíduos encaminhados para aterros nas cidades é considerável. Pensando nisso, desde janeiro de 2018, a Prefeitura de Florianópolis desenvolve o projeto “Minhoca na Cabeça”. 

O Minhoca na Cabeça visa a valorização de resíduos orgânicos do município, para isso os participantes do projeto recebem um minhocário e passam por uma oficina para aprenderem a realizar o manejo da forma correta, saindo do curso com o sistema pronto para operar. Durante o processo de compostagem, os donos dos minhocários contam ainda com canais para tirar dúvidas e um site onde podem contar como está sendo a experiência e registrar a quantidade de resíduos que estão desviando dos aterros e depositando no minhocário.

“É muito legal, muito divertido e fácil de participar. Eu recomendo que se inscrevam, depois de dois anos chegou a minha vez”, conta a engenheira sanitarista Flávia Guimarães Orofino, aposentada da Comcap e dona de um minhocário doado pela Prefeitura de Florianópolis.

Foto: Divulgação | Cristiano Andujar | PMF

A cada 500 minhocários doados, a meta da Prefeitura é que seja realizado o desvio de 292 toneladas de orgânicos por ano, gerando uma economia de R$ 43 mil em transporte até o aterro, além da redução na emissão de gases de efeito estufa. Em mais de três anos de projeto, mais de mil pessoas já receberam um minhocário na Capital e a expectativa é que o número aumente em 2021, com as inscrições para 400 novos participantes. A última rodada dessas inscrições abre em 31 de maio.

Separação dos alimentos

O processo de manejo do minhocário começa na preparação das refeições. “É tranquilo, essa relação com as minhocas, o que pode colocar para elas a gente vai aprendendo com o tempo, conforme elas vão se desenvolvendo”, explica Flávia, enquanto prepara o seu almoço e já separa os resíduos orgânicos que serão colocados no minhocário para se tornar alimentos para as minhocas. Em algumas semanas, os resíduos serão compostos orgânicos prontos para retornarem ao solo como adubo.

“Uma amiga dizia assim: ‘minhoca é vegana, intolerante a lactose e intolerante ao glúten’“, conta Flávia ao mostrar o que pode ser colocado no minhocário. Cascas e talos, e restos de legumes, frutas e vegetais são bem-vindos nas vermicomposteira doméstica. Produtos cítricos são permitidos desde que em pequenas quantidades. Já os restos de carnes e de produtos industrializados devem ser encaminhados para a coleta seletiva.

Foto: Divulgação | Cristiano Andujar | PMF

Após a separação, chega o momento de colocar os resíduos no minhocário. O processo é simples, deve-se colocar os resíduos na caixa coletora (minhocário) e cobrir com matéria secas, como folhas, palhas ou serragem, para evitar o aparecimento de bichos indesejados. Além de gerar composto sólido, chamado de húmus, do minhocário fornece o composto líquido,o biofertilizante, que poderá ser diluído em água e utilizado para regar as plantas. Ambos são ricos em nutrientes e sais minerais e auxiliarão na preservação do solo e na nutrição de plantas.

Relação com as minhocas

Além de destinar os resíduos de forma correta e ajudar o meio ambiente, quem faz o processo de compostagem sente diferença na saúde e no bem-estar. “Tem a terapia de cuidar das minhocas que é muito interessante. Você não leva muito tempo da sua vida fazendo o processo, e aquele tempo que você passa com as minhocas você esquece dos problemas”, conta Renato Figueiredo, médico da rede municipal de Saúde.

Renato foi um dos primeiros participantes do projeto. Em janeiro de 2018, realizou o curso e levou seu minhocário para casa. Desde então estabeleceu uma relação com as protagonistas no processo de compostagem: as minhocas. “Eu chamo elas de minhas filhas, por isso quando eu faço uma doação de minhocas, eu faço pois sei que as pessoas vão cuidar bem”, o médico sorri ao explicar.

Em três anos, além de transformar mais de 800 quilos de resíduos em compostos, realizou a doação de centenas de minhocas para novos participantes do Minhoca na Cabeça. “Já entreguei minhoca para mais de dez pessoas, eu faço questão de doar para quem sabe manejar, faço várias perguntas para saber se a pessoa sabe como lidar, ai eu dou. Eu não vou dar minhas minhocas para elas morrerem por falta de manejo”, afirma Renato.

Foto: Divulgação | Cristiano Andujar | PMF

Em apenas um dia, Renato entregou cerca de 2 mil minhocas para que novos donos pudessem iniciar o processo de compostagem. Dessa forma, novas famílias iniciam a prática de manejo de resíduos orgânicos e incluem a prática de preservação em suas rotinas.

Quem tiver interesse em participar do Projeto deve acompanhar as datas de abertura de inscrições pelo site www.pmf.sc.gov.br/sistemas/MinhocaCabeca/.


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