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“Deixe pegadas, bitucas não”

Alunos de escolas municipais produzem bituqueiras para instalar em praias de BC

Esses pequenos pedacinhos de cigarro, que chegam aos oceanos através de córregos e bueiros, correspondem à um terço de todo o lixo retirado dos mares.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

As Praias de Taquaras e Estaleirinho irão receber a partir desta quinta e sexta-feira (21 e 22), 15 bituqueiras, resultado do Projeto Ambiental “Deixe pegadas, bitucas não”, desenvolvido pelos alunos das Escolas Municipais de Taquaras e Giovana de Almeida (Estaleirinho). O Projeto, que visa recolher restos de cigarro (bitucas), e instalar bituqueiras nas Praias Agrestes é uma parceria entre as Secretarias da Educação e Meio Ambiente; Associação de Moradores de Taquaras e Estaleirinho; e a Ambiental Limpeza Urbana e Saneamento.

Todos os alunos das duas escolas participam do Projeto. Os menores na confecção de rótulos e pinturas das bituqueiras e os maiores, de 7 a 14 anos, atuam nas praias e junto à comunidade, que também apoia e participa das ações. Nesses dois dias de instalação das bituqueiras nas praias, participam todos os alunos e funcionários do período da manhã.

A ação é feita em conjunto: os materiais utilizados para as peças são adquiridos pela Prefeitura e Ambiental; as Associações de Bairros ajudarão na limpeza e preservação das bituqueiras.

As bitucas de cigarro das 15 bituqueiras serão recolhidas semanalmente e armazenadas num contentor colocado pela Ambiental no pátio do CEM Giovana de Almeida. No início do próximo ano, após terem recolhido os tocos de cigarros durante a temporada de verão, os gestores das escolas envolvidas entregarão as bitucas para uma empresa da Praia Brava, em Itajaí, que as utilizarão na confecção de pranchas de Surf.

Curiosidades

Esses pequenos pedacinhos de cigarro (as bitucas), que chegam aos oceanos através de córregos e bueiros, correspondem à um terço de todo o lixo retirado dos mares, representando um número maior do que embalagens, sacolinhas plásticas, canudinhos e descartáveis, de acordo com dados da Ocean Conservancy – organização sem fins lucrativos que atua em defesa do meio ambiente e oceanos. Para se ter ideia do tamanho do impacto ambiental, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10 bilhões dos 15 bilhões de cigarros vendidos diariamente são descartados no meio ambiente de forma incorreta.

De acordo com um relatório da ONG Cigarette Butt Pollution, além de ser a contaminante número um das praias e oceanos, a natureza toda sofre com as consequências do consumo desta droga, que contêm mais de 7.000 produtos químicos tóxicos que contaminam o meio ambiente. Esses resíduos foram encontrados por pesquisadores em cerca de 70% das aves marinhas e 30% das tartarugas marinhas.

O relatório mostra ainda, que um dos principais problemas relacionados ao consumo do cigarro, são os filtros, que contém fibras sintéticas derivadas do petróleo, não são biodegradáveis, e podem levar até uma década para se decompor. Além disso, as emissões de fumaça de tabaco contribuem com milhares de toneladas de substâncias cancerígenas, tóxicas e gases de efeito estufa para o meio ambiente.


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